Somos caóticos e equilibristas.
Na corda bamba, tentamos reter o tempo, pesar as medidas, sustentar uma verdade por dia, amar todas as vezes que imaginarmos que o amor pode ou deve ser medido pela decisão daqueles que nem ao certo, sabem que somos a origem de tal sentimento.
Somos equilibristas de plantão.
Cubrimos turnos, esperamos ônibus que não chegam no horário. Esquecemos guarda-chuvas, o pingo de baba de pasta de dente seco em nossas gravatas de gente que decidiu ser séria.
Somos a balança corpórea de emoções que não se pesam, pontos ansiosos em buscas de respostas instantâneas.
Somos contrapeso, estatística e perdição. Temos nomes, endereços, mas somos a massa ensandecida, sedente,mal-amada e enternecidas em dias onde a desgraça é o prato do dia.
Somos sofistas e hedonistas - outras vezes, apenas queremos um Big Mac - Coca-cola deveria sair da minha torneira e eu abasteceria a vizinhança em troca de batatas fritas e um sorriso jocoso da linha "mãonoqueixocaradefino".
Somos equilibristas desajeitados com as novas roupas casuais, usamos cores que sarcasticamente passeiam entre o nude e o gelo.
Nossos sorrisos ao amanhecer prescidem de espontaneidade e ao invés de leite, tomamos nossa dose de hipocrisia diariamente.
Somos pacificadores de uma resistência indolente. A banalização de emoções e sentimentos são pandemias sociais. Essa violência de indiferenças e intolerâncias caminha sorrateira entre nós. Come em nossas casas, dorme em nossas camas e nos abraçam quando a solidão já se instalou, primeiro em nossos poros e depois em nossas almas vazias, surrando em nossos ouvidos que vieram para ficar.
Somos equilibristas - Controlamos a hipertensão, embora tensos amaldiçoamos os desprovidos de beleza e cultivamos o corpo, o ranço, o medo e o preconceito. Bebemos o que odiamos e amamos o que ainda não conhecemos. Desejar, enfim transcende o conceito e desconhece sua origem.
Prefiro arriscar minha coragem em receitas menos convencionais e se eu estiver na iminiência de saltar do penhasco, saltarei de olhos bem abertos para apreciar tal experiência.
Somos equilibristas de emoçoes aleijadas, decrépitas - Prisioneiros de nossa própria liberdade.
Esse beijo de tão doce virou amargo, esse sonho de mil e uma noites, virou escuridão e desencontro.
Volto para o equilíbrio dessas palavras, enquanto na corda bamba eu assovio Carlos Cardel. Não balance, apenas equilibra-me e caminha comigo. Vamos atravessar essas palavras com destemidas emoções e atitudes e acender a luz, afinal estamos quase no final dessa corda e em nossas mãos essas esperanças feitas de sonhos e perdões.
gilbert antonio
word maker
*catarses desequilibradas de um sonhador incorrigível.
Na corda bamba, tentamos reter o tempo, pesar as medidas, sustentar uma verdade por dia, amar todas as vezes que imaginarmos que o amor pode ou deve ser medido pela decisão daqueles que nem ao certo, sabem que somos a origem de tal sentimento.
Somos equilibristas de plantão.
Cubrimos turnos, esperamos ônibus que não chegam no horário. Esquecemos guarda-chuvas, o pingo de baba de pasta de dente seco em nossas gravatas de gente que decidiu ser séria.
Somos a balança corpórea de emoções que não se pesam, pontos ansiosos em buscas de respostas instantâneas.
Somos contrapeso, estatística e perdição. Temos nomes, endereços, mas somos a massa ensandecida, sedente,mal-amada e enternecidas em dias onde a desgraça é o prato do dia.
Somos sofistas e hedonistas - outras vezes, apenas queremos um Big Mac - Coca-cola deveria sair da minha torneira e eu abasteceria a vizinhança em troca de batatas fritas e um sorriso jocoso da linha "mãonoqueixocaradefino".
Somos equilibristas desajeitados com as novas roupas casuais, usamos cores que sarcasticamente passeiam entre o nude e o gelo.
Nossos sorrisos ao amanhecer prescidem de espontaneidade e ao invés de leite, tomamos nossa dose de hipocrisia diariamente.
Somos pacificadores de uma resistência indolente. A banalização de emoções e sentimentos são pandemias sociais. Essa violência de indiferenças e intolerâncias caminha sorrateira entre nós. Come em nossas casas, dorme em nossas camas e nos abraçam quando a solidão já se instalou, primeiro em nossos poros e depois em nossas almas vazias, surrando em nossos ouvidos que vieram para ficar.
Somos equilibristas - Controlamos a hipertensão, embora tensos amaldiçoamos os desprovidos de beleza e cultivamos o corpo, o ranço, o medo e o preconceito. Bebemos o que odiamos e amamos o que ainda não conhecemos. Desejar, enfim transcende o conceito e desconhece sua origem.
Prefiro arriscar minha coragem em receitas menos convencionais e se eu estiver na iminiência de saltar do penhasco, saltarei de olhos bem abertos para apreciar tal experiência.
Somos equilibristas de emoçoes aleijadas, decrépitas - Prisioneiros de nossa própria liberdade.
Esse beijo de tão doce virou amargo, esse sonho de mil e uma noites, virou escuridão e desencontro.
Volto para o equilíbrio dessas palavras, enquanto na corda bamba eu assovio Carlos Cardel. Não balance, apenas equilibra-me e caminha comigo. Vamos atravessar essas palavras com destemidas emoções e atitudes e acender a luz, afinal estamos quase no final dessa corda e em nossas mãos essas esperanças feitas de sonhos e perdões.
gilbert antonio
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*catarses desequilibradas de um sonhador incorrigível.
Um comentário:
Lindo Gilbert!
Vou manter teu blog por perto para saber mais.
Passa lá no meu.luartepoesia@blogspot.com ( No mundo da lu(a).
Beijos e um dia poético para você.
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