segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

quando femininas mulheres confabulam diálogos íntimos


Não saberia definir coerentemente como pessoas se encontram e nem tampouco como se permeiam almas & cumplicidades. Não obstante, algo em mim sabia que elas, meninas e mulheres começavam caminhar uma em direção à outra. Ambas à mercê desses encontros inevitáveis, dessas febres que se concentram intranqüilas; primeiro nas têmporas, depois se instalam silenciosas entre os braços e entre as pernas domesticando o mais selvagem de todos os desejos.

Nem tampouco, eu imaginava que seria o elo entre este encontro – A ponte a conectar almas femininas que desejavam encontrar em si e na outra as mesmas ânsias.
Sempre soube que pessoas semelhantes criam associações distintas e se atraem sem nem mesmo determinar como e nem quando...

Lá fora... O vento prenunciava algo involuntariamente novo e singular... Lá fora... Num país não tão distante assim... Elas encaminhavam-se para o inevitável... Para essa teia tecida em desejo & espera com forças de um furação.

Flora sempre fora uma mulher de talentos múltiplos, de livros, de pensamentos, de sorriso impressivo e raramente se impressionava facilmente com pessoas e coisas. Flora, consistente e ávida, retornava de Paris depois de dez anos. Retornara tentando resgatar e ou retomar raízes, mal sabia, que retornava para encontrar a si e a sua metade. A simbiose e sinergia estavam lançadas.

A bela fera Flora guardava em si os olhares de grandes conquistas, do berço esplendido das descobertas... Havia estudado povos, havia dissertado sobre guerras & tratados... Havia também, orientado sua história pessoal e intelectual para um novo olhar sobre relações humanas...

Na verdade, eu sempre soube que Flora e eu compartilhávamos de sensações e compreensões mútuas embora nunca houvéssemos discutido a cerca destes temas por vezes espinhosos e outras vezes, nem tanto.

Diana, uma mulher destemidamente sedutora. Olhos demarcados por uma profundidade desconcertante. Diana parecia ter modos estudados e uma elegância perturbadora. Transitava perceptível por pessoas & eventos. Uma certa lascívia percorria seus dedos quando fumava(embora eu não ache atraente, em Diana era).

Quando a encontrava na noite, sentia-me irremediavelmente tocado pelos movimentos frenéticos e suaves que parecia mais um ritual do que uma coreografia. Destemida Diana dançava para nos lembrar que apenas éramos humanos enquanto ela, sem querer ou ser, era algo definitivamente Divine.

Os olhos que Diana emprestava ao mundo eram compostos de ousadia, de livros & malditos. Definitivamente ela não era uma pessoa comum ou normal – Pessoas normais são chatas e previsíveis e decididamente Diana não era.

Como você sabe, ou presume, ou ainda desconhece totalmente, Flora e Diana estavam prestes ao encontro, ao arrebatamento e a entrega.

Eu, nada sabia... Apenas pressentia e me encaminhava para fazer a minha parte... Para aproximar duas pessoas que já haviam se encontrado.

Eu ainda ansiava por um sinal, talvez algum tipo de prova ou constatação que comprovasse tal proximidade do inevitável e irremediável. Abri, então, o livro de Caio Fernando Abreu, no conto Natureza Viva e constatei que o acaso não existe, de fato:

“Como você sabe, dirás feito um cego tateando, e dizer assim, supondo um conhecimento, faria quem sabe o coração do outro adoçar um pouco até prosseguires, mas sem planejar, embora planejes há tanto tempo, farás coisas como acender o abajur do canto depois de apagar a luz mais forte, criando um clima assim mais íntimo, mais acolhedor, que não haja tensão alguma no ar, mesmo que previamente saibas do inevitável das palmas molhadas de tuas mãos, do excesso de cigarros e qualquer outra coisa como um leve tremor que, esperas, não transparecerá em tua voz. Mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, sim como você sabe, a gente, as pessoas, infelizmente têm, temos, essa coisa, emoções, mas te deténs, infelizmente?
Então dirás rápido, para não desviar-te demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos – emoções. Meditarias: hás pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra. Há os níveis-não-formulados, camadas imperceptíveis, fantasias que nem sempre controlamos, expectativas que quase nunca se cumprem, e sobretudo emoções. Que nem se mostram. Por tudo isso, infelizmente, repetirás, insistirás, completamente desesperado, e teu único apoio seria a mão estendida que, passo a passo, racionas com penosa lucidez, através de cada palavra estarás quem sabe afastando para sempre. Mas já não sou capaz de me calar, talvez dirás então, descontrolado, e um pouco mais dramático, porque meu silêncio já não é uma omissão, mas uma mentira. O outro te olhará com seus olhos vazios, não entendendo que teu ritmo acompanharia o desenrolar de uma paisagem interna, absolutamente não-verbalizável, desenhada traço a traço em cada minuto dos vários dias e tantas noites de todos aqueles meses anteriores, recuando até a data, maldita ou bendita, ainda não ousaste definir, em que pela primeira vez o círculo magnético da existência de um, por acaso banal ou pura magia, interceptou o círculo do outro. (...)

Não sei se fui eleito e nem tampouco escolhido para gerar tal aproximação, apenas sabia de alguma forma, em meus contornos mais íntimos que Diana e Flora estavam prestes à viver algo único e inominável,então, sem parcimônias, aceitei meu desígnio...

Lembro-me quando nos encontramos. Eu, Diana , Flora e Miguel.Todos, ou quase todos envoltos pelo círculo mágico e magnético de um encontro de iguais.
Estávamos num bar... A música... O canto escolhido... Os drinks... Os olhares... A tensão no ar... As apresentações... Seria trágico se não fosse mágico e foi...

Diana e Flora se olharam longa e profundamente... Havia um misto de tensão, tesão & entrega...Não sei precisar.
Sei, sabe também Miguel, que elas, aquelas garotas, aquelas mulheres sabiam-se cúmplices, sabiam-se semelhantes e foram.

Naquela noite, naquela fração de segundos o mundo parecia ter parado, parecia reconhecer os anjos enviados para celebrar o amor e sua infinita bondade e igualdade.
Diana e Flora encontravam-se e amavam-se, amando uma na outra esta semelhança, esta história de amor & entrega. Esta história escrita entre beijos e salivas, entre furtivos amassos, entre portas fechadas & adrenalina.

Enfim, entre o inevitável & imprevisível encontro de iguais.

Lá fora e aqui dentro apenas a certeza que o amor havia sido homenageado.
Encantado eu voltaria então, acreditar no amor, mais uma vez.


Gilbert Antonio
Word Maker








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sábado, 6 de dezembro de 2008

Como se começam as histórias de amor?


Como se começam as histórias?
Como se começam construir impressões sobre o amor?
Como se começam os sinais?

Esta história de amor, de amor não-proibitivo e nem tampouco coercivo nasce de razões simples... Nasce deste olhares esperançosos, cheios de dúvidas, mas igualmente cheios de amor e benevolência... Gentis almas, homens evoluídos...

Esta história pode começar assim:

O relógio prenuncia o desfecho, o acaso... Na universidade, os acadêmicos absortos na aula de fotografia... Eu, navegador de outros mares, apresento-me à classe. Um misto de resistência, de coação coletiva impregna o ar... Sento-me e descubro-me no meio de Marthas, Carolinas, Jeans e outros nomes que a princípio só indiciam que pertenço a um universo destemidamente comum...
Sem saber, eu pressinto, eu sei... Ele me observa, ele, ali quase atrás de mim... Respira confuso, intranqüilo... Respira como se pudesse respirar o mesmo ar que confunde por ora, meus pulmões... Esse mesmo ar que filtra intranqüilo e ofegante minha necessidade de ser socialmente aceito...
Oriento-te para que não presumas demais... Eu apenas estou silenciosamente tentando descrever um universo que poderia ser óbvio demais, mas não é... Ele, mesmo que não tenha consciência sabe-se em mim... Sabe-se confuso, aturdido... A espera do inusitado.
É estranho falar sobre isso, sendo que aconteceu em 2003... Também sei que, embora estas insuspeitas obviedades nos auxiliassem para este encontro de iguais, de formas aparentes dissonantes, porém intensamente iguais.
Atônito, viro para ele, como se eu não soubesse da existência daquele deserto de almas, o qual, jogado e encaminhado por outras forças maiores eu estou... Olho profunda e demoradamente para ele... Um misto de desconforto e encantamento encontra nossos olhares para absurdamente rápido, retrocederem e constatarem que avistaram o inusitado... Algo velado e secretamente proibido.
Os dias, os meses, os encontros furtivamente revelados, a tensão, a possibilidade de revelar aos outros e a nós mesmos esse encontro, essa vontade silenciosa instalando-se sorrateira; primeiro entre nossos sonhos mais íntimos e depois entre nossos medos mais cultivados.
Não sei precisar quando tudo isso tomou conta de mim... Quando definiu meus dias, quando atacou avassaladoramente meus desejos... Sei que foi como uma teia sendo tecida lenta e perfeitamente...
Não sei tampouco precisar como desejei desejar outro homem... Nem ele... Não sabíamos. Havia essa tensão, essa vontade de entorpecer sem ao menos beber... Não sei... Nem ele...,
Trinta dias depois ele estava em meus braços... Depois de abraços, de olás tímidos e apreensivos... Bem depois...
Quando nos encontramos foi em meu quarto... Um silêncio destemido, quase desconfortável... Anatomias iguais, entretanto desejos confusos, traídos e assustadoramente intensos.
Olhava os sapatos, as meias, a calça, a camisa – e não conseguia evitar uma espécie de violação... Puro simulacro... Era desejo contido espalhando-se entre as vísceras, entre os cheiros agridoces, entre machos confraternizando-se com outros machos... Não havia dúvida: éramos escolhidos para estar aqui, onde ainda ressente ao encontro...
Não era possível explicar racionalmente... Ele, nu... Com os olhos presos aos meus... Deitado... Entregue... Visivelmente e integralmente homem encontrando outro homem...
Minhas mãos embora soubessem o caminho... Experimentavam explorar tímidas, o dorso, a barriga...Eu,percorria destemido o caminho para encontrar a espada – Fiel escudeiro de um guerreiro real. A guarda estava montada. A postos. Confraternizávamos... Ainda havia certo constrangimento ou despreparo... Havia também certa resignação, uma entrega de iguais.
Eu, Fausto e ele, João Miguel sabíamos que havíamos cingido mares, atravessados desertos e enfrentado todas as legiões de medos & preconceitos para nos entregarmos um ao outro...
Temíamos o irremediável... Sabíamos que uma vez aberta a porta... a luz entraria... Iria iluminar e escancarar nossos desejos mais secretos... Parecia que estávamos dispostos a nos render, entregar... Queríamos a toda prova essa experiência... Mesmo que não pudesse ser compartilhada, mesmo que ficasse trancada por horas, por dias, por anos a fio... Era nosso direito... Era nosso encontro... Era nossa vontade que este encontro se desse, se consumasse.
Já era madrugada quando vimos com temor que era necessário se despedir... Enfrentar nossos horrores e também nossos monstros interiores – Longo e tenebroso universo masculino, onde homens não tocam outros homens e nem tampouco se deitam com eles. Sem falar nada, como um código de honra, nos vestimos silenciosos e não nos prometemos coisa alguma. Isto era um passo muito sério a ser dado... Preferimos, ou assim acredito não conjecturar e ou nominar o que acabávamos de experimentar... Não sei determinar o que passava pela cabeça de João Miguel. Eu, Fausto sabia apenas que desejava encontra-lo novamente como se eu soubesse que encontraria a mim. Falávamos de coisas que não conseguíamos entender, enquanto todo mundo não sabia de nosso encontro, de nossos abraços, de nossos fluídos, de nossas armas em riste... Éramos valentes...
Lembro depois que ele se foi. Lembro a imagem da porta se abrindo... Revelando muito mais do que a rua, muito mais do que a luz que parecia curvar-se para nós, iluminando ou mostrando o caminho.
Estranhamente um silêncio de hombriedades, de machos, ou de culpas se instalou entre nossas vozes e encontros...
Tentamos nos evitar, ainda tínhamos os sorrisos rotos com gosto de pecado. Sabíamos sem saber, que desejávamos nos reencontrar, mesmo que nossos reencontros fossem permeados de recusas e silenciosas rejeições.
Eu gostaria de ficar para sempre naquela noite, no meu quarto, com ele... Eu queria fundir-me a ele. Eu queria ficar parado naqueles momentos de doce compaixão e confusas emoções, então ele, João Miguel me olharia com seus olhos gentis acostumados às sombras e talvez, quem sabe, distinguiriam bem mais meus contornos íntimos contra a minha sombra desnuda projetada na parede, mas não fiz movimento algum antes até mesmo, sequer, de perceber que desejaria tê-lo beijado longa e profundamente.
Não desejaria ter mandado-o embora, mas eu fiz... Ansiava por ele e pelos carinhos amáveis e inviolavelmente intensos. Mas sem fazer nenhuma dessas coisas, desviei-me do seu corpo frágil e penetrei num silêncio profundo e sem saber, sabia que eu já não poderia dar meia-volta para ir embora porque ele, João Miguel já estava impresso em mim, feito tatuagem desejada a muito tempo.
Deixei que a comprovação de nossas atitudes determinasse o que seríamos... Deixei que o que seríamos daquele momento em diante, estabelecesse o que não fomos persistentes suficientes para prosseguir.
Não queria tal responsabilidade, mas desejava que João Miguel se posicionasse... Ele não ô fez, não pelo menos, naquela circunstância.
Foi um longo e silencioso caminho. Não posso dizer que para ele não tenha sido. Sempre tive receio que havia determinado como e quando esta relação se concluiria. Ele já não sorria, apenas dizia que era melhor que eu ficasse sozinho, e fecha a porta, e se vai, depois, deixando entorpecido num movimento que preciso decidir, porque não é possível permanecer para sempre supondo no meio do quarto, atento apenas ao rápido e confuso desmembramento da memória.
Muito tempo, ou tempo suficiente se passara até que voltássemos a nos falar. Mudei de faculdade, de e-mail, de telefone e de amigos. Desejei que ele sofresse de amor e soubesse que eu também sofria amando mais e melhor.
Não posso e nem desejo saber se realmente isso aconteceu, pois não havia desejado verdadeiramente. Amar estava acima de suposições.
Muitas vezes, no meio da noite, acordei sobressalto... Procurando o cheiro e a presença de João Miguel... Encolhia-me, desejando que ele, se materializasse e me cobrisse... Que dormisse comigo sem cobranças ou justificativas. Que ele fosse meu homem e eu fosse o homem dele.
O tempo passou como passa indistintamente tudo... Involuntariamente e invariavelmente.
Segui minha história pessoal acreditando que somos amaldiçoados e abençoados por viver relações como estas. Eu sabia que entre todos os livros lidos, cursos e experiências adquiridas ao longo deste hiato, demonstrariam no final que haveria de ter valido a pena. Não tinha certeza absoluta (nunca temos), mas a convicção que percorreria todos os mesmos caminhos novamente para compreender a escolha que eu havia feito, Eu, Fausto – nomeado e identificado como tal.
Joguei búzios, li Tarô, fui à Índia, tornei-me adepto ao Zen-budismo desejando expiar meus medos e meus pretensos pecados. Seria eu, punido por amar?! Caminhei silenciosamente por todas as dúvidas e culpas.
Algo em mim dizia-me que o ciclo ainda não havia cumprido sua trajetória. Acomodei minhas emoções, dei nomes a elas... Afirmei que tudo cumpre sua finalidade e destino... Sabia que em algum ponto, dentro de mim, um equívoco persistia, então, sem precisar como e quando, o amor voltou a habitar em mim.
São 13h27min. Após cinco anos volto a encontrar João Miguel. Agora, é na cidade dele. Abraçamos-nos – há tensão no ar, há também excitação... Sinto que a excitação dele e a minha também. Sinto igualmente a agitação interior. Não quero controlar e nem tampouco desejo. Abraço-o e entrego-me como ele também.
Trocamos telefones, e-mails e ambos seguimos nossos cursos, ou os cursos do acaso?! Não sei, não importa, na verdade.
Sigo intranqüilo, desejoso e impaciente. Não arrisco olhar para trás. O dia torna-se intempestuoso e intranqüilo. Tento seguir a vida, mas posso classificá-la? Creio que não.
A vida me invade e surpreende-me. Não sei se desejo ou se culpo. Decido então prosseguir.
Alguns meses se arrastam e hoje, é sexta-feira... Estou com os meus amigos em um bar. Mais magro mais elegante, e totalmente mais excitado. It doesnt´matter?! I don´t think so.
Lembro de músicas que me lembram João Miguel, lembro de tantas coisas... É um caleidoscópio de sensações e esperas... Estou dançando... Girando... Estou intensamente entregue a volúpia.
A banda Jardim Elétrico toca estridentemente “I wish you were here”... Penso e entrego-me ao ritmo, a forma, a letra e seu significado. Caminho entre rostos sem rostos, afinal é noite e todos os gatos são pardos.
O acaso não existe. Encontro João Miguel. Entro em pânico e sinto-me deliciosamente feliz. Ambos, excitados & ousados, nos tocamos, nos desejamos. Já não penso mais. Escorro meus dedos cúmplices e silenciosos por entre suas pernas e deixo-me fluir. Ele também. Queremos e desejamos estar juntos. Há uma cumplicidade entre nós. Apresento meus amados amigos Ms. Boobies, Ms. Pussydrummer. Algo acontece ali, algo acontece em nós. Nós entregamos. Acredito que o amanhecer deve acontecer em breve. Trocamos telefones, cheiros e desejos e nos despedimos desejando mais.
Terça-feira, três de dezembro, 2008. No ar, o frio, o balançar das folhas, o nó na garganta, a espada presa à bainha... Tudo & Nada. Eu aguardando a ligação de João Miguel, eu pronto para reencontrar a mim e a ele. Tudo, assustadoramente pronto para viver e acontecer. Às 21h30 a chuva começa cair... O vento sopra... Algo me diz que o nosso encontro é verdadeiro. Preparo meu quarto...Acendo velas... Seleciono música celta e igualmente preparo-me para tal ritual(sim. Um ritual de homens que sabem e compreendem como estão com outros homens).
Preparo também uma bebida indiana... Sei que desejamos estar conscientes para compreender que realmente queremos nos reencontrar... Não imagino, apenas sinto. O telefone toca... O coração parece saltar... A voz embargada diz: “Olá”. Ouço João Miguel assertivamente dizer: “Estou aqui”. Vou ao encontro dele. Quanto o encontro, desejo abraçá-lo, longa e intensamente, porém apenas deposito minha mão sobre a perna dele envolto por um turbilhão de emoções, pois sei que encontrando João Miguel encontro-me igualmente.
Chegamos a minha casa. Tudo parece confabular a nosso favor. Fecho a porta atrás de mim e abraço-o, silenciosamente feliz.

Quando a noite baixou, arrumou cuidadoso seu corpo sobre o meu num encaixe perfeito, deixou-se libertar... Respirou-me e antes de mergulhar profundamente, olhou para mim e, embora chovesse, inúmeras estrelas cadentes riscavam o céu de ponta a ponta como soubessem que o encontro de Fausto e João Miguel finalmente havia se consumado.


Era possível sentir no ar a essência de Alecrim - escolha de João Miguel e em nossos ouvidos Loreena Mc Kennett – escolha de nosso encontro de iguais.

Gilbert Antonio
Word Maker

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

nothing else to be said about...


Saber e Conhecer Pessoas...




Saber e Conhecer pessoas

implica em complicada diversidade de opiniões e conjecturas,

Escolho senti-las e percebê-las,

Acima de tudo, escolho amá-las incondicionalmente...

Entretanto, nem sempre é uma tatefa fácil e descomplicada,

Primeiro, escolho quem e como desejo me relacionar com estas pessoas -

Soa como um processo de seleção, e na verdade, é.

Escolho claramente com quem desejo estabelecer vínculo

e o restante é por conta da afinidade e sintonia - São imprescendíveis

no momento de fundamentar e criar laços.

Escolho e tenha ciência que igualmente que sou escolhido.

Esta não é uma relação de unilateralidades.

Esta relação é constituída

de ajustes e acertos - erros há muito tempo já foram excluídos.

Pondero, avalio e me comprometo com a relação estabelecida;

talvez por isso não seja nada fácil permanecer nela,

até porquê a mesma demanda

envolvimento e comprometimento - atitudes em desuso neste fashionista universo contemporâneo.


Respondo pelos meus atos e aos mesmos

sou fiel.


Gilbert Antonio

Word Maker