segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

quando femininas mulheres confabulam diálogos íntimos


Não saberia definir coerentemente como pessoas se encontram e nem tampouco como se permeiam almas & cumplicidades. Não obstante, algo em mim sabia que elas, meninas e mulheres começavam caminhar uma em direção à outra. Ambas à mercê desses encontros inevitáveis, dessas febres que se concentram intranqüilas; primeiro nas têmporas, depois se instalam silenciosas entre os braços e entre as pernas domesticando o mais selvagem de todos os desejos.

Nem tampouco, eu imaginava que seria o elo entre este encontro – A ponte a conectar almas femininas que desejavam encontrar em si e na outra as mesmas ânsias.
Sempre soube que pessoas semelhantes criam associações distintas e se atraem sem nem mesmo determinar como e nem quando...

Lá fora... O vento prenunciava algo involuntariamente novo e singular... Lá fora... Num país não tão distante assim... Elas encaminhavam-se para o inevitável... Para essa teia tecida em desejo & espera com forças de um furação.

Flora sempre fora uma mulher de talentos múltiplos, de livros, de pensamentos, de sorriso impressivo e raramente se impressionava facilmente com pessoas e coisas. Flora, consistente e ávida, retornava de Paris depois de dez anos. Retornara tentando resgatar e ou retomar raízes, mal sabia, que retornava para encontrar a si e a sua metade. A simbiose e sinergia estavam lançadas.

A bela fera Flora guardava em si os olhares de grandes conquistas, do berço esplendido das descobertas... Havia estudado povos, havia dissertado sobre guerras & tratados... Havia também, orientado sua história pessoal e intelectual para um novo olhar sobre relações humanas...

Na verdade, eu sempre soube que Flora e eu compartilhávamos de sensações e compreensões mútuas embora nunca houvéssemos discutido a cerca destes temas por vezes espinhosos e outras vezes, nem tanto.

Diana, uma mulher destemidamente sedutora. Olhos demarcados por uma profundidade desconcertante. Diana parecia ter modos estudados e uma elegância perturbadora. Transitava perceptível por pessoas & eventos. Uma certa lascívia percorria seus dedos quando fumava(embora eu não ache atraente, em Diana era).

Quando a encontrava na noite, sentia-me irremediavelmente tocado pelos movimentos frenéticos e suaves que parecia mais um ritual do que uma coreografia. Destemida Diana dançava para nos lembrar que apenas éramos humanos enquanto ela, sem querer ou ser, era algo definitivamente Divine.

Os olhos que Diana emprestava ao mundo eram compostos de ousadia, de livros & malditos. Definitivamente ela não era uma pessoa comum ou normal – Pessoas normais são chatas e previsíveis e decididamente Diana não era.

Como você sabe, ou presume, ou ainda desconhece totalmente, Flora e Diana estavam prestes ao encontro, ao arrebatamento e a entrega.

Eu, nada sabia... Apenas pressentia e me encaminhava para fazer a minha parte... Para aproximar duas pessoas que já haviam se encontrado.

Eu ainda ansiava por um sinal, talvez algum tipo de prova ou constatação que comprovasse tal proximidade do inevitável e irremediável. Abri, então, o livro de Caio Fernando Abreu, no conto Natureza Viva e constatei que o acaso não existe, de fato:

“Como você sabe, dirás feito um cego tateando, e dizer assim, supondo um conhecimento, faria quem sabe o coração do outro adoçar um pouco até prosseguires, mas sem planejar, embora planejes há tanto tempo, farás coisas como acender o abajur do canto depois de apagar a luz mais forte, criando um clima assim mais íntimo, mais acolhedor, que não haja tensão alguma no ar, mesmo que previamente saibas do inevitável das palmas molhadas de tuas mãos, do excesso de cigarros e qualquer outra coisa como um leve tremor que, esperas, não transparecerá em tua voz. Mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, sim como você sabe, a gente, as pessoas, infelizmente têm, temos, essa coisa, emoções, mas te deténs, infelizmente?
Então dirás rápido, para não desviar-te demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos – emoções. Meditarias: hás pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra. Há os níveis-não-formulados, camadas imperceptíveis, fantasias que nem sempre controlamos, expectativas que quase nunca se cumprem, e sobretudo emoções. Que nem se mostram. Por tudo isso, infelizmente, repetirás, insistirás, completamente desesperado, e teu único apoio seria a mão estendida que, passo a passo, racionas com penosa lucidez, através de cada palavra estarás quem sabe afastando para sempre. Mas já não sou capaz de me calar, talvez dirás então, descontrolado, e um pouco mais dramático, porque meu silêncio já não é uma omissão, mas uma mentira. O outro te olhará com seus olhos vazios, não entendendo que teu ritmo acompanharia o desenrolar de uma paisagem interna, absolutamente não-verbalizável, desenhada traço a traço em cada minuto dos vários dias e tantas noites de todos aqueles meses anteriores, recuando até a data, maldita ou bendita, ainda não ousaste definir, em que pela primeira vez o círculo magnético da existência de um, por acaso banal ou pura magia, interceptou o círculo do outro. (...)

Não sei se fui eleito e nem tampouco escolhido para gerar tal aproximação, apenas sabia de alguma forma, em meus contornos mais íntimos que Diana e Flora estavam prestes à viver algo único e inominável,então, sem parcimônias, aceitei meu desígnio...

Lembro-me quando nos encontramos. Eu, Diana , Flora e Miguel.Todos, ou quase todos envoltos pelo círculo mágico e magnético de um encontro de iguais.
Estávamos num bar... A música... O canto escolhido... Os drinks... Os olhares... A tensão no ar... As apresentações... Seria trágico se não fosse mágico e foi...

Diana e Flora se olharam longa e profundamente... Havia um misto de tensão, tesão & entrega...Não sei precisar.
Sei, sabe também Miguel, que elas, aquelas garotas, aquelas mulheres sabiam-se cúmplices, sabiam-se semelhantes e foram.

Naquela noite, naquela fração de segundos o mundo parecia ter parado, parecia reconhecer os anjos enviados para celebrar o amor e sua infinita bondade e igualdade.
Diana e Flora encontravam-se e amavam-se, amando uma na outra esta semelhança, esta história de amor & entrega. Esta história escrita entre beijos e salivas, entre furtivos amassos, entre portas fechadas & adrenalina.

Enfim, entre o inevitável & imprevisível encontro de iguais.

Lá fora e aqui dentro apenas a certeza que o amor havia sido homenageado.
Encantado eu voltaria então, acreditar no amor, mais uma vez.


Gilbert Antonio
Word Maker








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sábado, 6 de dezembro de 2008

Como se começam as histórias de amor?


Como se começam as histórias?
Como se começam construir impressões sobre o amor?
Como se começam os sinais?

Esta história de amor, de amor não-proibitivo e nem tampouco coercivo nasce de razões simples... Nasce deste olhares esperançosos, cheios de dúvidas, mas igualmente cheios de amor e benevolência... Gentis almas, homens evoluídos...

Esta história pode começar assim:

O relógio prenuncia o desfecho, o acaso... Na universidade, os acadêmicos absortos na aula de fotografia... Eu, navegador de outros mares, apresento-me à classe. Um misto de resistência, de coação coletiva impregna o ar... Sento-me e descubro-me no meio de Marthas, Carolinas, Jeans e outros nomes que a princípio só indiciam que pertenço a um universo destemidamente comum...
Sem saber, eu pressinto, eu sei... Ele me observa, ele, ali quase atrás de mim... Respira confuso, intranqüilo... Respira como se pudesse respirar o mesmo ar que confunde por ora, meus pulmões... Esse mesmo ar que filtra intranqüilo e ofegante minha necessidade de ser socialmente aceito...
Oriento-te para que não presumas demais... Eu apenas estou silenciosamente tentando descrever um universo que poderia ser óbvio demais, mas não é... Ele, mesmo que não tenha consciência sabe-se em mim... Sabe-se confuso, aturdido... A espera do inusitado.
É estranho falar sobre isso, sendo que aconteceu em 2003... Também sei que, embora estas insuspeitas obviedades nos auxiliassem para este encontro de iguais, de formas aparentes dissonantes, porém intensamente iguais.
Atônito, viro para ele, como se eu não soubesse da existência daquele deserto de almas, o qual, jogado e encaminhado por outras forças maiores eu estou... Olho profunda e demoradamente para ele... Um misto de desconforto e encantamento encontra nossos olhares para absurdamente rápido, retrocederem e constatarem que avistaram o inusitado... Algo velado e secretamente proibido.
Os dias, os meses, os encontros furtivamente revelados, a tensão, a possibilidade de revelar aos outros e a nós mesmos esse encontro, essa vontade silenciosa instalando-se sorrateira; primeiro entre nossos sonhos mais íntimos e depois entre nossos medos mais cultivados.
Não sei precisar quando tudo isso tomou conta de mim... Quando definiu meus dias, quando atacou avassaladoramente meus desejos... Sei que foi como uma teia sendo tecida lenta e perfeitamente...
Não sei tampouco precisar como desejei desejar outro homem... Nem ele... Não sabíamos. Havia essa tensão, essa vontade de entorpecer sem ao menos beber... Não sei... Nem ele...,
Trinta dias depois ele estava em meus braços... Depois de abraços, de olás tímidos e apreensivos... Bem depois...
Quando nos encontramos foi em meu quarto... Um silêncio destemido, quase desconfortável... Anatomias iguais, entretanto desejos confusos, traídos e assustadoramente intensos.
Olhava os sapatos, as meias, a calça, a camisa – e não conseguia evitar uma espécie de violação... Puro simulacro... Era desejo contido espalhando-se entre as vísceras, entre os cheiros agridoces, entre machos confraternizando-se com outros machos... Não havia dúvida: éramos escolhidos para estar aqui, onde ainda ressente ao encontro...
Não era possível explicar racionalmente... Ele, nu... Com os olhos presos aos meus... Deitado... Entregue... Visivelmente e integralmente homem encontrando outro homem...
Minhas mãos embora soubessem o caminho... Experimentavam explorar tímidas, o dorso, a barriga...Eu,percorria destemido o caminho para encontrar a espada – Fiel escudeiro de um guerreiro real. A guarda estava montada. A postos. Confraternizávamos... Ainda havia certo constrangimento ou despreparo... Havia também certa resignação, uma entrega de iguais.
Eu, Fausto e ele, João Miguel sabíamos que havíamos cingido mares, atravessados desertos e enfrentado todas as legiões de medos & preconceitos para nos entregarmos um ao outro...
Temíamos o irremediável... Sabíamos que uma vez aberta a porta... a luz entraria... Iria iluminar e escancarar nossos desejos mais secretos... Parecia que estávamos dispostos a nos render, entregar... Queríamos a toda prova essa experiência... Mesmo que não pudesse ser compartilhada, mesmo que ficasse trancada por horas, por dias, por anos a fio... Era nosso direito... Era nosso encontro... Era nossa vontade que este encontro se desse, se consumasse.
Já era madrugada quando vimos com temor que era necessário se despedir... Enfrentar nossos horrores e também nossos monstros interiores – Longo e tenebroso universo masculino, onde homens não tocam outros homens e nem tampouco se deitam com eles. Sem falar nada, como um código de honra, nos vestimos silenciosos e não nos prometemos coisa alguma. Isto era um passo muito sério a ser dado... Preferimos, ou assim acredito não conjecturar e ou nominar o que acabávamos de experimentar... Não sei determinar o que passava pela cabeça de João Miguel. Eu, Fausto sabia apenas que desejava encontra-lo novamente como se eu soubesse que encontraria a mim. Falávamos de coisas que não conseguíamos entender, enquanto todo mundo não sabia de nosso encontro, de nossos abraços, de nossos fluídos, de nossas armas em riste... Éramos valentes...
Lembro depois que ele se foi. Lembro a imagem da porta se abrindo... Revelando muito mais do que a rua, muito mais do que a luz que parecia curvar-se para nós, iluminando ou mostrando o caminho.
Estranhamente um silêncio de hombriedades, de machos, ou de culpas se instalou entre nossas vozes e encontros...
Tentamos nos evitar, ainda tínhamos os sorrisos rotos com gosto de pecado. Sabíamos sem saber, que desejávamos nos reencontrar, mesmo que nossos reencontros fossem permeados de recusas e silenciosas rejeições.
Eu gostaria de ficar para sempre naquela noite, no meu quarto, com ele... Eu queria fundir-me a ele. Eu queria ficar parado naqueles momentos de doce compaixão e confusas emoções, então ele, João Miguel me olharia com seus olhos gentis acostumados às sombras e talvez, quem sabe, distinguiriam bem mais meus contornos íntimos contra a minha sombra desnuda projetada na parede, mas não fiz movimento algum antes até mesmo, sequer, de perceber que desejaria tê-lo beijado longa e profundamente.
Não desejaria ter mandado-o embora, mas eu fiz... Ansiava por ele e pelos carinhos amáveis e inviolavelmente intensos. Mas sem fazer nenhuma dessas coisas, desviei-me do seu corpo frágil e penetrei num silêncio profundo e sem saber, sabia que eu já não poderia dar meia-volta para ir embora porque ele, João Miguel já estava impresso em mim, feito tatuagem desejada a muito tempo.
Deixei que a comprovação de nossas atitudes determinasse o que seríamos... Deixei que o que seríamos daquele momento em diante, estabelecesse o que não fomos persistentes suficientes para prosseguir.
Não queria tal responsabilidade, mas desejava que João Miguel se posicionasse... Ele não ô fez, não pelo menos, naquela circunstância.
Foi um longo e silencioso caminho. Não posso dizer que para ele não tenha sido. Sempre tive receio que havia determinado como e quando esta relação se concluiria. Ele já não sorria, apenas dizia que era melhor que eu ficasse sozinho, e fecha a porta, e se vai, depois, deixando entorpecido num movimento que preciso decidir, porque não é possível permanecer para sempre supondo no meio do quarto, atento apenas ao rápido e confuso desmembramento da memória.
Muito tempo, ou tempo suficiente se passara até que voltássemos a nos falar. Mudei de faculdade, de e-mail, de telefone e de amigos. Desejei que ele sofresse de amor e soubesse que eu também sofria amando mais e melhor.
Não posso e nem desejo saber se realmente isso aconteceu, pois não havia desejado verdadeiramente. Amar estava acima de suposições.
Muitas vezes, no meio da noite, acordei sobressalto... Procurando o cheiro e a presença de João Miguel... Encolhia-me, desejando que ele, se materializasse e me cobrisse... Que dormisse comigo sem cobranças ou justificativas. Que ele fosse meu homem e eu fosse o homem dele.
O tempo passou como passa indistintamente tudo... Involuntariamente e invariavelmente.
Segui minha história pessoal acreditando que somos amaldiçoados e abençoados por viver relações como estas. Eu sabia que entre todos os livros lidos, cursos e experiências adquiridas ao longo deste hiato, demonstrariam no final que haveria de ter valido a pena. Não tinha certeza absoluta (nunca temos), mas a convicção que percorreria todos os mesmos caminhos novamente para compreender a escolha que eu havia feito, Eu, Fausto – nomeado e identificado como tal.
Joguei búzios, li Tarô, fui à Índia, tornei-me adepto ao Zen-budismo desejando expiar meus medos e meus pretensos pecados. Seria eu, punido por amar?! Caminhei silenciosamente por todas as dúvidas e culpas.
Algo em mim dizia-me que o ciclo ainda não havia cumprido sua trajetória. Acomodei minhas emoções, dei nomes a elas... Afirmei que tudo cumpre sua finalidade e destino... Sabia que em algum ponto, dentro de mim, um equívoco persistia, então, sem precisar como e quando, o amor voltou a habitar em mim.
São 13h27min. Após cinco anos volto a encontrar João Miguel. Agora, é na cidade dele. Abraçamos-nos – há tensão no ar, há também excitação... Sinto que a excitação dele e a minha também. Sinto igualmente a agitação interior. Não quero controlar e nem tampouco desejo. Abraço-o e entrego-me como ele também.
Trocamos telefones, e-mails e ambos seguimos nossos cursos, ou os cursos do acaso?! Não sei, não importa, na verdade.
Sigo intranqüilo, desejoso e impaciente. Não arrisco olhar para trás. O dia torna-se intempestuoso e intranqüilo. Tento seguir a vida, mas posso classificá-la? Creio que não.
A vida me invade e surpreende-me. Não sei se desejo ou se culpo. Decido então prosseguir.
Alguns meses se arrastam e hoje, é sexta-feira... Estou com os meus amigos em um bar. Mais magro mais elegante, e totalmente mais excitado. It doesnt´matter?! I don´t think so.
Lembro de músicas que me lembram João Miguel, lembro de tantas coisas... É um caleidoscópio de sensações e esperas... Estou dançando... Girando... Estou intensamente entregue a volúpia.
A banda Jardim Elétrico toca estridentemente “I wish you were here”... Penso e entrego-me ao ritmo, a forma, a letra e seu significado. Caminho entre rostos sem rostos, afinal é noite e todos os gatos são pardos.
O acaso não existe. Encontro João Miguel. Entro em pânico e sinto-me deliciosamente feliz. Ambos, excitados & ousados, nos tocamos, nos desejamos. Já não penso mais. Escorro meus dedos cúmplices e silenciosos por entre suas pernas e deixo-me fluir. Ele também. Queremos e desejamos estar juntos. Há uma cumplicidade entre nós. Apresento meus amados amigos Ms. Boobies, Ms. Pussydrummer. Algo acontece ali, algo acontece em nós. Nós entregamos. Acredito que o amanhecer deve acontecer em breve. Trocamos telefones, cheiros e desejos e nos despedimos desejando mais.
Terça-feira, três de dezembro, 2008. No ar, o frio, o balançar das folhas, o nó na garganta, a espada presa à bainha... Tudo & Nada. Eu aguardando a ligação de João Miguel, eu pronto para reencontrar a mim e a ele. Tudo, assustadoramente pronto para viver e acontecer. Às 21h30 a chuva começa cair... O vento sopra... Algo me diz que o nosso encontro é verdadeiro. Preparo meu quarto...Acendo velas... Seleciono música celta e igualmente preparo-me para tal ritual(sim. Um ritual de homens que sabem e compreendem como estão com outros homens).
Preparo também uma bebida indiana... Sei que desejamos estar conscientes para compreender que realmente queremos nos reencontrar... Não imagino, apenas sinto. O telefone toca... O coração parece saltar... A voz embargada diz: “Olá”. Ouço João Miguel assertivamente dizer: “Estou aqui”. Vou ao encontro dele. Quanto o encontro, desejo abraçá-lo, longa e intensamente, porém apenas deposito minha mão sobre a perna dele envolto por um turbilhão de emoções, pois sei que encontrando João Miguel encontro-me igualmente.
Chegamos a minha casa. Tudo parece confabular a nosso favor. Fecho a porta atrás de mim e abraço-o, silenciosamente feliz.

Quando a noite baixou, arrumou cuidadoso seu corpo sobre o meu num encaixe perfeito, deixou-se libertar... Respirou-me e antes de mergulhar profundamente, olhou para mim e, embora chovesse, inúmeras estrelas cadentes riscavam o céu de ponta a ponta como soubessem que o encontro de Fausto e João Miguel finalmente havia se consumado.


Era possível sentir no ar a essência de Alecrim - escolha de João Miguel e em nossos ouvidos Loreena Mc Kennett – escolha de nosso encontro de iguais.

Gilbert Antonio
Word Maker

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

nothing else to be said about...


Saber e Conhecer Pessoas...




Saber e Conhecer pessoas

implica em complicada diversidade de opiniões e conjecturas,

Escolho senti-las e percebê-las,

Acima de tudo, escolho amá-las incondicionalmente...

Entretanto, nem sempre é uma tatefa fácil e descomplicada,

Primeiro, escolho quem e como desejo me relacionar com estas pessoas -

Soa como um processo de seleção, e na verdade, é.

Escolho claramente com quem desejo estabelecer vínculo

e o restante é por conta da afinidade e sintonia - São imprescendíveis

no momento de fundamentar e criar laços.

Escolho e tenha ciência que igualmente que sou escolhido.

Esta não é uma relação de unilateralidades.

Esta relação é constituída

de ajustes e acertos - erros há muito tempo já foram excluídos.

Pondero, avalio e me comprometo com a relação estabelecida;

talvez por isso não seja nada fácil permanecer nela,

até porquê a mesma demanda

envolvimento e comprometimento - atitudes em desuso neste fashionista universo contemporâneo.


Respondo pelos meus atos e aos mesmos

sou fiel.


Gilbert Antonio

Word Maker

domingo, 16 de novembro de 2008

in the name of love...



Made by simple stories,

build into pieces of hope,

felt by inner devotion...

You and me falling like a silent burst,

which might be able

to reveal the impossible,

the unpredictable,

the uncontrollable

the irresistable love...
You and me,

rebuilding the feeling

in the name of love.


Gilbert Antonio

Word Maker

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

caio fernando abreu

"Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente.
Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe.
Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormir vezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa
-te amo tanto dorme com os anjos."

Carta Anônima de CAIO FERNANDO ABREU

terça-feira, 11 de novembro de 2008

devotion...


From all of my devotion:

Choices were taken

laughters were misunderstood,

Love was prevented to exist a little bit longer,

Desires were forbidden...
Despite of all my efforts,

My tears were in vain,

My sorrow was made by cunning feelings...
At sudden I was prevented to live and dream,

but at the end just the pieces of my priceless desire

was scattered in the middle of a public square...
In my heart , we could even be sure, love had gone for good...

memoirs were left behind...

no regrets,

no pain...

just the vague idea coming and going...

ready to remind me

how special such

desperate

feeling

is...


Gilbert Antonio

Word Maker

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

indefinidamente

Indefinidamente
as horas já não eram as mesmas,
nem mesmos os sorrisos
devastados pela hipocrisia soberana
ousariam sobreviver em lábios
solitários demais...

Estas horas eram,
enfim e devidamente o fim
para um recomeço
sem precendentes
ou antecedentes...

Sabiam-se
únicas e impassíveis,
rasgavam absolutas
outros céus e implacáveis
desenhavam outros sonhos,
por ventura,
não eram os nossos...
Eram sim,
horas passageiras
sem destinos absolutos...

Gilbert Antonio
Word Maker


Unspoken words,

Sealed secrets,

All of them made by appaling circunstances,

made by intriguing feelings,

coming and going to set free the old ghosts and fears,

Ready to reveal

the unexplicable and indefinable.


Gilbert Antonio

word maker
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domingo, 9 de novembro de 2008

how profound are our feelings?!

How deep is your love?
How strong is your motivation ?
How long does it take us to figure it out?
No matter how hard I try, I end up having no answers,
just those dusty and old doubts making me believe that
somehow we were wrong we also were told apart.
Sometimes I am lost in the middle of my own solitude like a child into an inward storm and trap.
The more I try to understand, the worst it gets,
The simpler it seems, the more complicated becomes.
The hard and soft complex is not made of simple deductions,
not even by the ordinary excuses either...
It sounds like so far, so good...
It is not, though.
I have given a lot of thought, but even though it turns up being not enough.
It doesn´t mean simple questions nor intriguing ones...
In fact, it is full of contradictions, full of ups & downs, it is even full of unanswered questions...
Some other times, I give it in, Cos' I am stuck, No moves, no prevented actions taken, just the empty feeling of an unfinished attitude remains again.
Gilbert Antonio
Word Maker

sábado, 8 de novembro de 2008

constatações íntimas...



Nossa singularidade e contraditória diversidade

revelam em si a ausência de conceitos óbvios ou previsíveis,

portanto eis aqui comprovado encanto e exclusividade de sermos exatamente assim:

únicos e talvez também por isso, excludentes e excluídos.

Não há originalidade e personalidade sem consequências.

SER implica em correr contra a natureza fluída da corrente.

Não escolhemos ser "isso" ou "aquilo".

Somos em essência o que acreditamos, o que sonhamos e sentimos.

Contra isso nada pode ser feito.

Precisamos apreender ou até mesmo viver com a natureza

a qual nos revela e também nos difere da grande maioria.

Nâo há privilégios nestas constatações apenas a verdade despida de vaidade:

Somos tal totalidade e singularidade.

Nos reconhecemos e nem sempre apreciamos nos reconhecer no outro.

Esta constatação é inevitável e eventualmente

esta mesma constatação nos lembrará que vivemos diariamente

com os nossos fantasmas e medos e eles, gostem ou não,

encontram-se em outras pessoas,igualmente.


Gilbert Antonio

Word Maker

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

silêncio brutal...



Às vezes, sou acometido por um silêncio brutal

que envolve a ausência de minha presença em palavras e em pessoa.

Este mesmo silêncio ,

algumas vezes me devora, outras(sem explicação) me liberta...


Guardamos entre nós esta cumplicidade abissal

de puro encontro e desencontro...

Há beleza & horror neste silêncio,

Há também alegria selvagem na desconfiança destas supostas obviedades,

pois deste meu silêncio e também desta minha ausência

recriamos o imaginário e possível encontro:


Um encontro de fato, em sua veracidade e singularidade.


Gilbert Antonio

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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

entremeios



Às vezes, do avesso e impuro,

do contrário de mim,

devasso e cavalheiro

escolho outras armas e abandono batalhas,

tenho apenas a vontade de descansar neste intervalo entre o amor e ódio,

entre a guerra e a paz,

entre a palavra e o silêncio,

entre a verdade e sua omissão,

entre o desejo e a sua concepção...

Sim, tenho esta vontade de estar entre eu e você,

sem ser necessessariamente nenhum dos dois,

apenas este intervalo, o qual,

creiam fieis incrédulos,

ousam residir

no mais belo sentimento de todos: nós, sem nenhuma máscara...

apenas a vontade de viver a plenitude de tudo o que somos, pensamos e sentimos

sem entretanto, ser nenhum deles,

apenas esta singularidade que nos distingue e

igualmente é repleta do mais sincero horror

e também da mais pura beleza.


Gilbert Antonio

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Divinas Criaturas



A existência divina da criação reflete a natureza perfeita de uma pessoa.

Gerar a vida e conduzi-la é uma tarefa singular.

Revela em si e nela seu maior milagre.

Transformar o ato de amor e de concepção em vida, em consciência e participação humana são sensíveis e perfeitos acordes de tal natureza.

Divinas em suas respectivas essências e Divinas Criaturas , pessoas especiais são mensageiras oníricas, carregam em si e em seus corações a beleza da vida e pela vida.

Participar de tal processo é um privilégio único de reconhecimento e honra pela continuidade de nossa espécie e pela glória de herdarmos características preponderamente únicas, culminadas em seres de plenitude e formação essencialmente divinas,enfim de atos e existências mais felizes.


gilbert antonio

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domingo, 19 de outubro de 2008

wayward behaviour



Our wayward behaviour put all of us

in such a position which none of us will be left without any injuries.

It´s payback time.


gilbert antonio

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fullfilled by...

We were fullfilled by convoluted explanations which made us be lost in the middle of
misunderstandings desert.
gilbert antonio
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divergent opinions....

Despite of our widely
divergent opinions
we still had each other
in order to achieve
a better understanding of
both of us.
gilbert antonio
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to equate...

It is such a big mistake to equate the value of love
with its true value.
gilbert antonio
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unpronounced words...


A door was noiselessly closed behind me,

A soundless silence was taken place inside of me,

The noise of an unbroken heart was deafening.

Despite of all my efforts It was possible to hear a wailing sound
coming across;
making sure my pounding heart through the chest reminded
me somehow love had gone for good.


Gilbert Antonio

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a true love story....


A true love story is never moral. It does not instruct , nor encourage virtue, nor suggest models of proper human behavior, not restrain people doing things they have always done and felt. If a love story seems moral, do not believe it.If at the end of it you feel uplifted, or if you feel that some small part of rectitude has been slavaged from the larger amount of love, then you have been made the victim of a very old and terrible lie.There is no rectitude whatsoever.There is no virtue.As a first rule of thumb, therefore, you can tell a true love story by its absolute and uncompromising allegiance to obssession and evil. I insist on telling such truly and unaceptable excuse.You can tell a true love story if it embarrasses you. If you don´t care for obssession, you don´t care for the truth;if you don´t care for the truth, watch gow you love, how strong the signals you have sent so far might damage the ideal love.

In any love story, but especially a true one, it´s difficult to separate what happened from what seemed to happen.What seems to happen becomes its own happening and has to be told that way.The angles of vision are skewed.When a cunning trap explodes, you close your eyes and try not to float outside yourself.In many cases a true love story cannot be believed.If you believe it, be skeptical. It´s a question of credibility.Often the crazzy stuff is true and the normal stuff isn´t because the normal stuff is necessary to make you believe tre truly incredible craziness.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

um silêncio de mil palavras

Um silêncio de mil palavras coincide com a eloquência vazia
de tudo que ainda não foi percebido.
Embora ainda receie da resistência encontrada
para vivera verdade dos fatos
e abstratas emoções,
acredito que assim mesmo nada pode ser feito,
apenas lamentado.

Gilbert Antonio
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domingo, 5 de outubro de 2008

os clichês...



Os clichês, não obstante revelam o grande desejo do coletivo.

Nesta constatação não elege-se culpados e nem tampouco determina-se a jurisdição

de uma verdade absoluta.
Distante de parecer conclusivo, abre sim, antecendentes para novas perguntas

e desejos bem maiores do que de fato desejo enfim, revelar.


Gilbert Antonio

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sábado, 20 de setembro de 2008

outras vezes...


Às vezes, por mais que eu importe-me é irrelevante...
Às vezes, por mais que eu ame
ainda assim, não é compreendido...
Outras vezes, sem querer, ou conscientemente realmente não me importo,
chego beirar a indiferença e indolência.
São apenas constatações reais deste atípico universo circundante.
Às vezes, sou emoção à flor da pele
Tudo é presente e onipotente...
Outras vezes, nem tanto...
Tampouco compreendo essas oscilações.
Sou também tempestade em alto-mar.

Não atribuo a ti ou a qualquer outra pessoa
a responsabilidade de me fazer feliz;
É imprescendível a minha liberdade
em determinar a origem e propriedade
das estações da minha vida.

Cabe a mim e a ninguém mais
determiná-las sem jamais subjulgá-las.
Pratico a paciência e algumas outras vezes
até mesmo a resignação.
Compreendo meu papel nesta ciranda viva
de reincidentes no crime de acreditar.

Decidi ser feliz!

Gilbert Antonio
word maker

sábado, 13 de setembro de 2008

tenho....


Tenho feito concessões,
Alimentado sonhos e reconstruído outros.
Tenho silenciado mais - Um diálogo íntimo e único.

Tenho dispersado multidões & canções - afinal,
a unanimidade ainda é burra e ilegítima.

Tenho construído pontes entre uma solidão e outra.
Tenho, todavia, alimentado a natureza e amor que reúnem
força e propósito para justificar sua existência em mim e nos outros.

Tenho acordado cedo - alerta e intransigente.

Tenho ouvido mais - Não sinto e nem tampouco desejo
que a verborrágica desvairada
alimente nos outros o que nem mesmo eles conseguem
ouvir e compreender : as clássicas e inaudíveis emoções.

Tenho versado sobre a vida e amor - Não ousem considerar- me um tolo,
apenas um legítimo sonhador - fiel guerreiro e astuto,
afinal amor para para corajosos.

Tenho despertado alguns dragões.
Tenho salvo algumas esperanças esquecidas no fundo infinitamente
belo de uma gaveta.
Tenho recitado mantras,
Tenho amado mais e melhor, mesmo que em silenciosa expressão.

Gilbert Antonio
word maker

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

relevos íntimos...


Parte do que eu sou transforma-se em relevos íntimos.
Nem sempre tangíveis ou notáveis, apenas simples e visivelmente intensos.

Parte do que eu sou soma-se ao que desejo ser.
Embora distintos, revelam grande individualidade e contraditória diversidade.

Parte do que eu sou é amor inexorável e imprescendível.

A outra parte cala e consente. Grita e renasce mais forte.

Parte do que eu sou deseja apenas...
É anseio & delírio.

A outra parte, nem sempre revelada é incógnita ,
é a parte em mim que assombra e encanta.

Essa parte pode ser acusada de tudo, entretanto não é omissa, indiferente ou morna.
Ela é, enfim, do tamanho exato do que me complementa e revela.

Gilbert Antonio
Word Maker

sábado, 6 de setembro de 2008

in a lovely way...



amo-te
indistintamente...

imprimo
em carne viva
tua letra escarlate.

gilbert antonio
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aliados...


insolemente solitário, eu,
profano caminhos destemidos.

gilbert antonio
word maker

* written thinking of Bijou.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

simbiose híbrida...



Nossa simbiose
híbrida me encanta e me apavora.

Longe porém perto,
diferentes, entretanto siameses.

gilbert antonio
word maker

*written thinking of Bijou

terça-feira, 2 de setembro de 2008

constatação...



Meu amor foi profanado...

o que me encanta


De fato, o que me encanta e me comove em pessoas e existências possíveis
é exatamente a verdade contida nelas.

Não costumo conviver bem com a coisificação das mesmas.

Ser feliz ainda é pré-requisito e viver de acordo com o acreditamos , somos e escolhemos é imprescindível.

gilbert antonio
work maker
.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

desabafo

Onde os sonhos refazem caminhos,
onde as verdades, não são tão verdades assim.
Onde também, os sonhos desejados, ficam apenas no anseio de viver sua plenitude, mas se extiguem como fogo em final de acampamento.
Estes mesmos sonhos recolhem nossos pedaços e determinam o tamanho de nossas felicidades.
Não julgo, apenas sei que tudo isso é apenas o exercício infinito de ir e vir, de alimentar os monstros que ainda, espreitam silenciosos; prontos para devorar o inusitado.
Não desejo determinar o que sou o que escrevo, apenas corroborar a verdade que concomitantemente deseja que eu, prolixo, me torno... já não sei.


ouso um outro ensaio...
endoideço... não há platéia... apenas constatação...
apenas a certeza absoluta que precisamos começar tudo de novo...
não escolho te amar pelo teu sexo, mas pela tua evolução...
Consegues? creio que não... ainda te prendes ao absoluto e previsível...
és chato... desejo mais...
não é uma escolha, apenas é uma oportunidade de revelar o inusitado...
As palavras te determinam... mas o que eu sinto, na verdade, é saudade de ti...
consegues dimensionar o tamanho de minha dor? não creio, apenas constato...
Desisto?! creio que não... ainda ouso avançar o sinal...
Posso avançar?!
creio que sim...
nos lábios ainda resistem teu gosto amargo do beijo que não dei...
Eu não queria, apenas precisava constatar que haviamos chegado ao fim... talvez o mesmo fim, que delegamos aos nossos sonhos baratos nos bancos de trás, falando de aventuras que não tivemos coragem de admtir...
Intrangigente...
inconstante, porém infinitamente verdadeiro...
Creio ser um homem para poucos, embora queira muitos, muitas, todos, enfim....sabes ondes quero chegar!? suspeitei... não sabes... entretanto, não importa... nada verdade, nada importa...
Acho que tu me tornaste um demagogo...
Demagogos não reconhecem o paraíso... apenas são devorados pelos seus próprios dragões...
Não tenho medo do escuro...
Não quero tua luz, afinal o blackout de tua alma apagou minha esperança...
Tudo incerto, incauto, imprevisível...
voraz, como alvorada...
preciso renascer, mais que isso, preciso indistintamente definir o itinerário...
Easy Rider...
Cheiro de gasolina,
cheiro de tinta...
Creio que está no imaginário...
está na tua boca...
está na minha...
acho que já estava pré-determinado... ou não.... não desejo ter certezas... apenas vontades...
Te quero, também te odeio... és covarde, porém infinitamente único...
adorarias ter um nome... queimas no inverno do meu inferno... soa contraditório... mas isso é um privilégio para poucos... me deito com outra pessoa.. apenas sei... que o futuro é logo ali...

tenho amado mais


Tenho amado mais, julgado menos.
Tenho silenciado sobre a razão de ser, apenas compreendido mais e racionalizado menos.
Tenho feito meus dias extraordinariamente novos e amado mais e melhor, incondicionalmente.
Tenho feito silenciosas orações e mantras de proteção aos amigos amados e respeitados em sua doçura e diversidade.
Tenho vibrado cosmicamente para que a ira e o ódio se abrandem e iniciem a viagem a evolução energética do amor...
Tenho feito mais e esperado menos.
Tenho defendido a possibilidade e direito de viver toda e qualquer expressão de amor e manifestação afetiva.
Tenho, também, silenciado, observado e pensado em todas as pessoas que me cercam, que se relacionam comigo de alguma forma e como minha atitude e convivência interferem e influenciam na qualidade de relacionamento que possamos ter.
Tenho honestamente feito a minha parte nesta macro-evolução de pessoas & coisas.
Se por ventura isso não encontra respostas e ressonâncias em ti, não significa necessariamente que nós não temos sintonia, mas que somos deliciosamente diferentes e desnecessários.

Gilbert Antonio - Word Maker.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sobre o meu coração...


O meu coração têm o tamanho do mundo,
cabe, nele, um universo visceral de pessoas, de cores, de amores e sensações inusitadas.
Outras vezes, no entanto, pode ser árido, inóspito e pode pairar também, nele grande solidão.
Na maioria das vezes, pode ser cheio de sol, de verão , de sexo e tesão, mesmo sendo um coração. Afinal, é coração de artista.
Tantas outras vezes, é só coração, é parada obrigatória, é porto é também despedida e vontade de começar tudo de novo.
O meu coração é cosmopolita - porém possui um rigor alfandegário assustador.
Muitas vezes, é seletista, nepotista e tirano, outras vezes, nem tanto...
é apenas coração.
Têm unhas e dentes, dilacera, rasga e briga, outras vezes é passivo, é também condescendente... é também do tamanho que tu consegues merecer.

Ás vezes, é também um coração shakesperiano... indômito e obstinado. Não mede consequências... afinal , estou falando de amor.

Gilbert Antonio
Word maker.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

sobre concessões & abdicações



Fazemos alguns ajustes em detrimento a manter relações,
Fazemos algumas concessões com a finalidade de promover certas tréguas emocionais e ou sociais.
Atribuimos valores & expectativas pensando em recompensas que se distanciam de nossas expectativas e caminhos.
Alteramos o percurso já estabelecido para que os outros possam nos acompanhar delegamos a eles o ritmo e cadência de nosso caminhar.
Prescindimos daquilo que somos em detrimento aos outros e sem saber ainda sonhamos e vivemos o sonho e o desejo de outros que nada mais desejam, apenas esperam resignados que possamos compreender sem lutar...
Nossa agitação interior ainda rebela-se e tempestuosamente proclama sua independência.
Ainda gritamos quando na verdade, queriamos apenas falar,
ainda assim, exigimos amor e sequer conseguimos amar...
ainda assim desejamos viver a história do outro e adiamos o fato de sermos felizes, desconfiados destes amores óbvios demais.

Gilbert Antonio
word maker

terça-feira, 22 de julho de 2008

diferenças


Oque desejo na verdade
é que sejamos sempre diferentes e indiferentes...

Que sejamos estas diferenças silenciosamente invisíveis
debruçadas em aparentes obviedades e insuspeitas veracidades.


gilbert antonio
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amar - second edition


O tamanho
do que somos e
sentimos
não pode e nem
deve ser
delimitado.

Amar
igualmente nos liberta
e transcende explicações.

gilbert antonio
word maker

amar



amar
ultrapassa qualquer
entendimento ou definição.



gilbert antonio
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meus braços abraçam teu mundo...


Eu construo na arquitetura deste abraço
o aporte para sobreviver em teu coração
e respirar tranquilo em teu hálito.

Meus braços abraçam teu mundo,
sugerem cumplicidades conquistadas
no ato e no fato.
De Fato condizem e se auto-relacionam.
Consumam o que já era previsto.
Nesta arquitetura de braços , Abraços,
Plexos e Amplexos construo nossa história e dela
normatizo o que acontece dentro e fora de mim.

Saibas então que, quando te tocas,
tocas igualmente em algo profundo e denso em mim
e este encontro não é de amarras,
mas de pura e visceral libertação.

Abraça-me e entrega-te
ao inevitável reencontro de iguais.

gilbert antonio
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Sobre amores & amantes

O círculo repetitivo de ações & competições,
de acordos tácitos em detrimento aos jogos emocionais,
demonstram em suas respectivas obviedades
o quão mesquinhos nos tornamos
quando queremos nos relacionar
apenas baseados em nossas necessidades individuais.

Viver emocionalmente e amorosamente
transcende o abismo mundano
que a grande maioria
dos relacionamentos humanos estão fadados.

Amar integralmente e verdadeiramente
requer uma demanda maior de comprometimento e
igualmente de medidas invariáveis de emoção e sentimento.

Somente nos tornamos merecedores do amor maior
quando, independente de circunstâncias ou conveniências
nos relacionamos integralmente.
Tais atitudes transcendem o universo morno e torpe o qual,
o amor, ainda prescinde;
não pela falta do amor mas
pela inexperiência e vício de péssimos amantes.


gilbert antonio
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segunda-feira, 30 de junho de 2008

semelhanças siamesas...

Tenho receio que este meu jeito desajeitado de amar
acabe se tornando apenas uma sensação de amor
e não o próprio amor,

por isso, não escolha entender, escolha sentir,
o que seremos depois disso é apenas especulação
pois oque importa mesmo é o tamanho deste amor
quando somos somados a ele e reação que o mesmo transforma naturezas tão distintas em semelhanças siamesas.


gilbert antonio
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sexta-feira, 20 de junho de 2008

colorindo...



De forma consistente e pessoal,
determino como e com quem desejo relacionar-me.
Embora soe ou pareça pretensão, escolho viver de acordo com o que acredito e defendo.
Já ultrapassei a barreira de amores induzidos e aceitações convenientes.
Vivo de acordo com o creio acreditar ser correto e verdadeiro.
Não tenho e nem tampouco intenciono angariar adeptos e ou discípulos, pois é uma crença natural, meus valores inerentes.Se os torno palavras é porque desejo compartilhar o que permeia o meu caráter e minhas ações.
Suas insuspeitas ingenuidades ou obviedades não me dizem respeito. Apenas Respeito.
Não desejo colorir pessoas com minhas cores favoritas, pois pessoas são como matizes e nuances da cor, portanto são tonais e ao meu ver, não representam cores puras ou exclusivas, mas sim, uma maneira individual de colorir o mundo e o coletivo à sua maneira, sem necessariamente exigir ou esperar que o outro venha a viver de acordo com sua noção e verdade sobre cores. Prefiro pintar e espalhar verão por aí.

Gilbert Antonio
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domingo, 1 de junho de 2008

caos organizado



visivelmente atordoado
pelos sentimentos atuais,

guardo em mim esta intensidade de outros dias.
Entre tudo o que vivi e refleti,
guardei apenas a verdade e sensação
experimentadas e compartilhadas em minha história pessoal.


Com particular assombro e intenso sentimento transcrevo tal história, não intencionando corroborar e ou determinar
verdades supostamente absolutas.

Contudo, revelar através destas contingências íntimas o que sou e determino como íntimo e pessoal.
Viver transcende à explicação e definição.

Tal experiência é individual, intransferível e indizível.
Definir é delimitar e remediar o que absoluto está .
Consumar o que ainda não está pronto e sacrificar a verdade em detrimento ao desejo de escolher verdades adaptadas às nossas necessidades individuais é suprimir a experiência única e singular de sermos em toda plenitude e exercício.

Não cabe a mim compreender,
apenas respeitar como viveremos a partir destas constatações.


gilbert antonio

sou do tamanho do que vejo.....




Sou do tamanho do meu amor,
Do tamanho do que vejo,
Do que percebo em mim e no outro,
Sou do tamanho daquilo que defendo,
Do que desperto no outro,
Do que mereço na parte que me cabe,
Sou do tamanho da minha saudade,
do que ela reflete neste amor incondicional pela vida e pessoas.
Sou do tamanho das minhas ações,
Da minha imperfeição,
Sou do tamanho dos meus valores,
do que defendo e represento

Sou do tamanho que me percebes,
sou também, o tamanho deste outono,
das folhas e vento que renascem sempre na próxima estação.
Não apenas mais forte, mas totalmente novo e imprevisível.

gilbert antonio
wordmaker

sábado, 31 de maio de 2008

parâmetros para relacionar-me...



No universo íntimo e pessoal passo a reavaliar
os novos parâmetros para relacionar-me
com o meio, com as pessoas e comigo.
Não escolho os padrões anteriores,
até porque não atendem mais as exigências,
ou nem mesmo conseguem
adequarem-se as novas descobertas.
Os padrões e referências anteriores apenas determinam minha capacidade de discernir com mais clareza,
entretanto, não com mais experiência.
Apenas estou mais alerta aos sinais, às pessoas,
suas respectivas ações e expectativas.
Elaboro a partir destas constatações um novo sistema para corroborar minha história. Não elejo padrões tradicionais e nem tampouco utilizo-me de comparações.
O que faço , de fato, é manter como referência o
background adquirido anteriormente.
Sou a soma de todas as nuances e contrastes
desta experiência pessoal, individual e singular.
Não estabeleço tampouco uma simetria comportamental.
Isto não existe.
O que de fato existe em si e em mim é o que passo a descobrir a medida que avanço em busca de respostas e completude, o restante é meramente especulação e não condiz com a verdade, seja lá, qual for.

gilbert antonio
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