sexta-feira, 30 de abril de 2010




Sou feito de tudo,
de amor desejado,
de desejos amados,
de vontades incontroláveis,
de ousadia,
de ironia,
Sou um pouco de tudo,
de nada.
Sou ferida aberta, exposta,
sou tua dor que sangra,
teu sorriso largo,
teus medos primeiros,
Sou também tua dúvida,
minha culpa,
nossa fuga,
Sou doce segredo,
incógnito,
nexorável,
inevitável,
Outras vezes, sou
Encantador de Serpentes,
Mágico de terras distantes,
Marinheiro de outros mares,
estivador de sonhos
Sonhador incorrigível...
Tantas outras vezes, sou silêncio,
sou palavra usurpada,
traída, abstraída,
sou também o tamanho exato de tua indiferença;
encanto...
Escolho punhais...
A carne riscada pelas tuas palavras incoerentemente belas...
Sim, sou teimosamente intransigente,
incoerente e louco,
mas sei que não posso ser acusado de omissão,
pois a normalidade que se aplica a grande massa eu a vomito, cuspo, pois prefiro o fel, a dor, o amor, o horror e beleza de ser exatamente assim.

Gilbert Antonio
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