segunda-feira, 31 de março de 2008

O abstrato de minhas emoções....



O abstrato de minhas emoções redesenham sonhos e vontades...
Embora eu seja o silêncio de tua voz, tu ainda és o grito estanque a revelar a nudez de nossas palavras.

É tamanha a intensidade como refiro-me à ti e a este sufrágio que teima supor concessões.

Permaneço imóvel, e não suponho mais nada, pois meu universo está cheio de contingências estranhas.
Nada exijo, mas tudo espero.

Não estou em busca de algo absurdamente lógico ou sensato demais - Não faz meu gênero, nem tampouco, define-me.

Sou o usurpador desses sonhos que sinalizam novos sonhadores.
Deponho as armas e deixo então, que sonhes sozinho e que refaças comigo as tuas lembranças.
Não existe tal caminho, apenas a pretensa idéia que caminhamos para algum lugar.
Endoideço e já é madrugada!
Guardo entre os dedos e a língua tua vontade combinada .
Beijo tua solidão na espera de te encontrar em mim.

Ledo engano, todavia ainda assim, sonho e oriento minha fome de viver à morte das suposições.
Recolho as emoções espalhadas e costuro nossos sentimentos um à um - tenho a audácia de dizer que amo,enfim.

gilbert antonio - word maker!

sexta-feira, 21 de março de 2008

somos os sons da cidade


Somos os sons das cidades,
de outras dores e amores interrompidos...
Somos as batidas em compasso de nossas percepções e compreensões...
Somos o próprio pulso,
o fluxo e ritmo de nossas escolhas,
de nossos acertos & desafetos...

Somos estas cidades imaginárias onde registramos e protegemos nossas memórias...
Infinitas vontades e gestos largos onde tudo é percebido, tocado e revelado...

Somos estes desacertos...rimas incertas...
pura poesia visceral...
Somos enfim, estes relógios e seus ajustes... Estas horas marcadas, definidas e compreendidas em início, meio e fim nos permitindo ao luxo de constatarmos que não controlamos o tempo e nem tampouco podemos cessá-lo ou bloqueá-lo, apenas constatar que dele não sairemos ilesos ou até mesmo incólumes...
Seremos então o que somos até agora: Ritmo e Passagem.

Gilbert Antonio

domingo, 16 de março de 2008

Nada me é desapercebido...

Tudo me é dito
de forma intensa e reveladora,
Nada me é desapercebido,
De encanto descomedido sou feito,
Amo, amando em si, em mim e no outro essa intensidade desconcebida, proposital e incondicional.

O que sou é intensificado pelas ações.
Sou reação involuntária de ambivalências.

Entre tantos outros, sou pura e doce contradição .
Entretanto, Prefiro-me.
Me dispo de pudores
criados e impostos,
Revelo a alma nua,
Depurada e devassa.
Sou indistintamente eu,
O outro,
Os outros e até mesmo,
Nós mesmos - Fissuras, firulas e acenos obcenos - Pura poesia.

Não fundamento e nem tampouco coisifico a qualidade do meu amor.

Amo descaradamente
e dou vexame.

Amor pudico é
para incertos intelectuais.

Amo na tua cara - Escancaro -
Amo exatamente assim:
De cara limpa e alma lavada.

gilbert antonio


. *Registro de títulos e documentos e pessoas jurídicas - documento protocolado registrado e arquivado sob microfilme número 35080

Ser feliz é imprescindível!!!


De fato,
o que me encanta e me comove em pessoas e existências possíveis

é exatamente a verdade contida nelas.

Não costumo conviver bem com a coisificação das mesmas.

Ser feliz
ainda é pré-requisito e viver de acordo com o acreditamos, somos e escolhemos é imprescindível.


gilbert antonio

tua ausência descomedida....



tua ausência descomedida
reclama um espaço maior em minha geografia...

Mal sabe ela que tu
reinas absoluta,
ali , onde é doce ser beijado.


gilbert antonio

sexta-feira, 14 de março de 2008

Chamo isso de viver...



Sim, de fato, sou duro, esculpido por dores atávicas,
por experiências nem boas ou ruins, porém viscerais.
O que sou determina como me relaciono com pessoas e atitudes. Determina igualmente as exigências ou concessões feitas em detrimento a viver a verdade de toda e qualquer relação.
Embora para alguns pareça algo blasé, não sou easily impressed,anyway.Então,logo existo.
Mais do que livre ou liberto, considero-me privilegiado. Ciente do que posso viver , ser e expressar.
Minha natureza de sobrevivência selvagem permeia minhas ações, minhas relações com o mundo e com pessoas.
Creio que estou acostumado ao vento frio, à tempestades, afinal estamos sempre na iminência , no edge do abismo...Enquanto alguns chamam isso de loucura eu, pessoalmente, chamo isso de viver.

gilbert antonio

quinta-feira, 13 de março de 2008

Somos dissimuladamente sinceros...



Presos ao Império do Efêmero,
somos dissimuladamente sinceros.
temos os melhores sorrisos para os horrores amanhecidos,
guardamos boas intenções para sonhos rútilos e desejos sintéticos.
Todas as insuspeitas obviedades desenham os novos costumes,
sinalizamos as glórias & amores porém ainda trancafiamos nossos sonhos primeiros.
Em praça pública os sorrisos são despedaçados e sorvemos sucos orgânicos embotados em lugares que prescindem de verdade e vida.

Sou templário de sonhos maiores, embora lacônicos demais...
Ouso silenciar meu grito, mas ele, o grito está estampado nos olhos, na garganta escancarada e nos ouvidos demasiadamente acostumados a ouvir que não há mais nada a ser dito.
Contradição?! Realmente não sei...
Arrisco um sorriso, coloco minha melhor camisa e saio espalhando invernos por aí.


gilbert antonio
word maker

quarta-feira, 12 de março de 2008

Indiferente às expectativas...


Eu não vivo de acordo com as expectativas de terceiros,
Nem tampouco existo para viver segundo os princípios e desejos de outras pessoas.
O que sou e como me relaciono com o meio e pessoas determinam o grau de envolvimento e relacionamento com estas pessoas.
Não sou e nem tampouco admito hipocrisia.
Sou inexoravelmente singular. Escolho meus amigos e minhas relações sempre baseadas na verdade, na transparência e sinceridade de desejos semelhantes.
Não intenciono agradar à todos, nem tampouco ser amado por todos.
A prática de minha liberdade realmente encomoda muitas pessoas. Que bom! Afinal,não existo para dar conta destas expectativas e nem tampouco quero.
A diversidade e pluralidade me encantam e igualmente me definem.
Na grande maioria das vezes incomodo pessoas devido minha transparência e autenticidade. Sorry, mas sou exatamente assim.
Não lanço modelos e nem quero discípulos. Vivo de acordo com o que sou, defendo, penso e sinto. Viver assim, ultrapassa os limites da compreensão.
Por isso, mesmo que algumas pessoas teimem em buscar alguma compreensão possível, eu existo, eu penso , mais que isso, eu acabo cuspindo na cara destas pessoas óbvias demais - pertencentes eternamente ao senso comum.
Vivo a alegria selvagem, se isto torna-se um empecilho para a sustentação de qualquer grau de relação estabelecida comigo, deixe-me , afinal sempre somos livres para escolher como, com quem e de que maneira queremos nos relacionar com pessoas.
Insuspeitas obviedades ainda assolam a grande unanimidade(ao meu ver, burra). Prefiro-me, ao invés de viver sob o peso torturante da vergonha eterna.
Ainda vivo minha história segundo minhas crenças e atitudes, o que vem depois, não me diz respeito.

gilbert antonio

terça-feira, 11 de março de 2008

a diversidade dos grupos


A singularidade de ações & pessoas,
A diversidade de interpretações & sensações sinalizam os novos modelos de relacionamento.
Fundamentar relacionamentos baseados no reconhecimento e dimensionalidade onde estes se estabelecem, demonstra nossa habilidade em conduzir e ser conduzido.
Pensar o relacionamento requer não apenas que se renuncie a assimilá-lo a um princípio inscrito necessária e universalmente no curso do desenvolvimento de todas as civilizações, mas também que se renuncie a fazer dele uma constante história fundada em raízes antropológicas universais.
O mistério do relacionamento está aí, na unicidade do fenômeno, na emergência e na instalação de seu reino no Mundo, e em nenhuma outra parte.
O que sou determina em grande parte a relação que estabeleço com o outro e com a diversidade dos grupos.
Sustento o sentimento que relacionar-me com pessoas e suas particularidades determina a intensidade de envolvimento e sentimento. Do contrário, seria apenas um contrato social.

gilbert antonio

segunda-feira, 10 de março de 2008

Não suporto pessoas mornas....



Não suporto pessoas mornas,
Nem tampouco admiro as pessoas normais - são chatas e previsíveis...
Pessoas acima de tudo, devem ser espontâneas - devem avançar o sinal mesmo quando o tráfego parecer caótico - não me refiro ao trânsito.
Pessoas precisam viver a natureza selvagem de seus sentimentos mais plenos e puros.
Pessoas indolentes e passivas são esfinges do tempo, apenas produzem lixo orgânico.
Fico com os loucos de amor, loucos corajosos de viver a intensidade e dor do que são, do que desejam e igualmente do que alimentam no outro.
"Quem fica parado é poste".
Prefiro essa agitação interior, essa incerteza de que precisamos realizar sempre, fazer um balanço das emoções, um check-up de nossa visão...
Sim, eu prefiro estas pessoas...
Estas, que causam um certo desconforto, uma certa apreensão, uma certa lembrança que não somos livres suficientes para vivermos de acordo com o que acreditamos, somos e sentimos.

gilbert antonio

terça-feira, 4 de março de 2008

Sobre a verdade, a ética, a sinceridade & afins.......


A verdade raramente é relevante,
Ser sincero ainda é um atributo de poucos.
Conviver com a natureza desta verdade e sinceridade é para insanos e corajosos...
A hipocrisia e o interesse desmedidos ainda permeiam grande parte dos relacionamentos humanos.
Fundamentam mentiras e constroem calúnias.
Em seus respectivos legados há um altar para cada mentira que se tornou uma verdade.
Fonte de cobiças são alheias às verdades e ardem silenciosas - queimam absolutas desejos e intenções.

A ética e a verdade são apenas sinalizadores do que já se acreditou.
A crença em pessoas e fatos são hoje os resquícios de uma geração assustadoramente dissimulada.

Entre tantos desmandos escolho apenas ser - imperfeito, intenso e ferrenho defensor da verdade, da transparência e desta intolerância diante de atos infames , de pessoas fúteis, de ações criminosas contra a verdade, a sinceridade, o respeito e até mesmo ao amor.
Pretensiosamente escolho Ser sobre o Ter e o Aparecer.

Gilbert Antonio