Daqui, onde me vejo,
onde te imagino, sem imaginar, sem criar expectativas,
Daqui onde vejo meu mundo, sob uma perspectiva diferente,
gosto de algumas coisas que vejo,
outras nem tanto...
constato que a solidão pode ter tantos nomes, e que não aprecio ter apreendido a conviver com ela...
Não gosto tão pouco dessa sensação de desamparo e desespero que me assombra e por vezes é igualmente avassaladora...
Sim...
Hoje, mas do que qualquer dia... desejo saber dos teus dias, do teu humor... do teu cheiro, o que comeste no café da manhã, beijar-te sem ter escovado os dentes, tolerar teu mau-humor, partilhar de tuas perdas e conquistas...
Hoje gostaria de fazer parte do teu universo pessoal... Do que faríamos para almoçar... De deitar no teu colo... Chorar se preciso... Queria-te perto... Sabendo-se sem defesas, sem jogos e estratégias afetivas...
Hoje.... Queria caminhar contigo... Se possível tomar banho de chuva, preparar um chá, pedir que me levasse pra cama e me amasse.... sem planejar...
Que todas as promessas feitas ou veladas, se cumprissem e eu voltasse a me sentir seguro em teus braços...
Não intencionaria ser isso ou aquilo em nossa relação , somente eu mesmo, frágil, sincero, carente, sendo você com tudo que conténs, com tudo que imagino e sinto que sejas...
Sim, gostaria de conviver com Sophia e Caio, não porque eles são amados por ti, mas porque eles realmente significam algo substancial para ti...
Hoje eu não prometo te curar de dores, nem tão pouco lamber as cicatrizes... Hoje só queria que você fosse exatamente o que és e eu pudesse amá-la exatamente como tu és....
Hoje, olho meu mundo...
tenho medo da minha indolência e aparente indiferença a tudo... Preciso que venhas colorir minha vida e que me permitas realçar as cores que pintam a tua vida...
Vejo a magia de tudo isso em nós e não sei porque estamos separados, nessa tortura velada, reprimida, contida, enevoada...
Hoje, eu só queria que você pudesse emprestar meus olhos para perceberes como te vejo, como te amo....
Hoje, te emprestaria meu coração, pois há tempos, ele urge bater em teu peito...
Hoje, eu queria ver um filme contigo, poderia ser Uma Paixão Quase Perfeita....
Eu gostaria de te escrever um poema,
Chorar se preciso,
Calar se assim eu O sentisse...
Hoje, eu queria respirar de tua boca...
Hoje nosso sexo e gênero não importariam,
Pois seriamos dois seres, humanos, pessoas, buscando ser felizes como todos os outros, como a humanidade...
Hoje eu queria que você me desse banho, me acariciasse.... que abotoasse minha camisa, que escolhesse minha roupa , meu perfume, porque hoje eu saberia que seria para sempre...
Hoje eu gostaria de olhar para ti e saber que partirias, mas só por um momento, e ao anoitecer seria em teus braços que protegido eu me sentiria...
Sim, hoje.... onde nada mais me consola...
É você que eu quero aqui...
sim e se não posso viver tudo isso hoje, o que importa....
fiz um voto à mim mesmo, que eu seja feliz, que eu não faça a transição desta vida sem ter vivido isso, sem ter compartilhado tais detalhes, pois sabes que Deus está nas pequenas coisas;
hoje, eu só queria isso...
tomar um café contigo, ler um poema para ti, te comprar um livro, mexer no teu cabelo desalinhado, limpar tua boca do creme, roubar um carinho te tocando de mansinho na face, nos lábios....
hoje, eu arriscaria andar de mãos dadas contigo... pensaria em fumar cachimbo.... e desejaria que estivesse nublado...
gostaria de estar num parque.... numa livraria, num café.... ahh....gostaria de fazer mercado contigo... escolher um filme.... cozinhar.... depois; bem, depois de tudo isso, nos amontoarmos no sofá... você me falar de teus medos, de teus sonhos, de tua história suposta por mim...sim eu queria ouvir sobre você... O que te assombra, o que te surpreende e encanta....Acredite... hoje seria esse dia, seria minha vida almejada e desejada....
Sim.... aqui estou....olhando através da janela,
chorando.... desejando que os meus sonhos mais amorosos não me abandonem...
que tudo aquilo que defendi e acreditei não se perca...
que todo o meu amor realmente valeu a pena....
Gilbert Antonio
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