Ruidosamente vivemos a ambivalência do Aparecer sobre o Ser. Códigos de conduta antigos são renomeados em detrimento a sobreviver num universo de aparências. A linha tênue que separa a vaidade enrustida e o exercício de equilíbrio entre o que desejamos aparentar e o que pretendemos obter a partir disso, sinaliza uma grande descaracterização de nossa real identidade.
Presos ainda à necessidade de dar conta de expectativas externas e de igualmente atender às expectativas do pseudo-conceito coletivo, passamos a indistintamente e consequentemente desenvolver personas que, ao longo do tempo, encorporam-se a personalidade, aos traços sociais e aos relacionamentos humanos.
Permitimos que a vaidade desenfreada e maquiada seja a heroína na guerra contraditória de dois gigantes conflitantes: Vaidade X Auto-estima.
Em detrimento ao grande apego ao medo da rejeição neurotizada, ofertamos nossa essência à Fogueira das Vaidades – pois contraditoriamente e erroneamente deduzimos que seremos mais amados, mais aceitos se atendermos a este apelo – Ledo engano. Não serás mais amado e nem tampouco mais aceito, ao contrário, viverás de acordo com a necessidade ou indiferença do meio circundante.
Precisamos apreender ou até mesmo retomar nossas respectivas essências. A busca incessante, desenfreada por uma forma idealizada de estética, de beleza é sem sombra de dúvida uma maneira travestida de vaidade.
A linha tênue que separa a vaidade enrustida e o exercício de equilíbrio entre o que desejamos aparentar e o que pretendemos obter a partir disso, sinaliza uma grande descaracterização de nossa real identidade.
O presente artigo não têm e nem tampouco intenciona moldar o universo circundante, mas sinalizar que uma vez que somos vaidosos, temos a falsa impressão ou ilusão que mundo, pessoas e situações devem se adequar a nós e que tudo deve ocorrer no nosso tempo, de acordo com as nossas expectativas e da forma como desejamos, entretanto sabemos que, de fato, não é assim que funciona e nem tampouco acontece.
Just think about it!
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