quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Homem de Cotidianos Indistintos - II


Revolto em mares & lugares,
sou itinerante das horas,
marinheiro prestes à aportar,
Mensageiro dos desafios,
Pescador de Ilusões...
Nada em mim subsiste, todavia existe,
exige,
demanda,
revela sempre... mais a alma, a vontade, o desejo e a intransigente singularidade de ser.
Nada no que sou, permanece estático, definitivo - Sou ponto de mutação..
Sou também, transgressão, ...
Sou vexame em amor puro e devasso,
Sou multidão... dores & cores de ser exatamente todos e ninguém mais...
Nada do que sou permanece absoluto..
Fera ,
Guerreiro da luz,
Poeta insano
Homem de cotidianos indistintos...
todos e nenhum deles me definem, me rotulam e nem tampouco me fascinam com suas rútilas tentações...
Sou capaz de me transformar em segundos em algo totalmente novo e imprevisível, nem por isso, menos instigante, belo e assustador.
Talvez eu seja , por isso, tão louco, singular e impassível...
Afinal, pessoas previsíveis são detestáveis e ocupam uma enorme fila de normalidade e satisfação coletiva.

gilbert antonio

3 comentários:

Anônimo disse...

"Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais. Estou num estado muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de não poder pintá-lo ou escrevê-lo". p. 14, Clarice Lispector, Água Viva

Anônimo disse...

ps.: sempre surpreendente, e sempre lindo! um abraço

Anônimo disse...

Você é incandescentemente lindo.
Amo-te deveras... pra sempre.
Beijo meu.