sábado, 26 de abril de 2008

amor de sobressalto



Às vezes, quando acordo sobressalto e entre os dentes, na garganta é o teu nome que desejo gritar ,todavia engulo o som e me embrulha o estômago...
Somente às vezes... sou inteiro, solidão...

tateio no escuro vasculhando teu cheiro em meus lençóis, tua permanência absoluta em meu corpo inexplicavelmente teu...

Às vezes, somente às vezes...desejaria que estivesses aqui... ou logo ali, ao meu lado....que eu pudesse sentir tua respiração cúmplice em meus ouvidos...
Que eu não acordasse subitamente e assustado temesse não encontrar vestígios teus em minha história íntima e pessoal...

Tantas vezes desconfiei que eu tecia esta colcha de retalhos sozinho...
preenchendo entre os pontos esse vazio de irrequietas explicações...
embora soubesse que esta mesma colcha cobria-me quando tua ausência era maior que a impressão que causavas em tudo que tocasses...


O absurdo destas emoções violariam meus segredos mais íntimos, teriam em si, em mim e em ti os vestígios intranqüilos que chegamos a chamar de nossa história de amor.

gilbert antonio
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