domingo, 6 de dezembro de 2009

equilibristas


Somos caóticos e equilibristas.
Na corda bamba, tentamos reter o tempo, pesar as medidas, sustentar uma verdade por dia, amar todas as vezes que imaginarmos que o amor pode ou deve ser medido pela decisão daqueles que nem ao certo, sabem que somos a origem de tal sentimento.

Somos equilibristas de plantão.
Cubrimos turnos, esperamos ônibus que não chegam no horário. Esquecemos guarda-chuvas, o pingo de baba de pasta de dente seco em nossas gravatas de gente que decidiu ser séria.
Somos a balança corpórea de emoções que não se pesam, pontos ansiosos em buscas de respostas instantâneas.
Somos contrapeso, estatística e perdição. Temos nomes, endereços, mas somos a massa ensandecida, sedente,mal-amada e enternecidas em dias onde a desgraça é o prato do dia.
Somos sofistas e hedonistas - outras vezes, apenas queremos um Big Mac - Coca-cola deveria sair da minha torneira e eu abasteceria a vizinhança em troca de batatas fritas e um sorriso jocoso da linha "mãonoqueixocaradefino".
Somos equilibristas desajeitados com as novas roupas casuais, usamos cores que sarcasticamente passeiam entre o nude e o gelo.
Nossos sorrisos ao amanhecer prescidem de espontaneidade e ao invés de leite, tomamos nossa dose de hipocrisia diariamente.
Somos pacificadores de uma resistência indolente. A banalização de emoções e sentimentos são pandemias sociais. Essa violência de indiferenças e intolerâncias caminha sorrateira entre nós. Come em nossas casas, dorme em nossas camas e nos abraçam quando a solidão já se instalou, primeiro em nossos poros e depois em nossas almas vazias, surrando em nossos ouvidos que vieram para ficar.

Somos equilibristas - Controlamos a hipertensão, embora tensos amaldiçoamos os desprovidos de beleza e cultivamos o corpo, o ranço, o medo e o preconceito. Bebemos o que odiamos e amamos o que ainda não conhecemos. Desejar, enfim transcende o conceito e desconhece sua origem.

Prefiro arriscar minha coragem em receitas menos convencionais e se eu estiver na iminiência de saltar do penhasco, saltarei de olhos bem abertos para apreciar tal experiência.

Somos equilibristas de emoçoes aleijadas, decrépitas - Prisioneiros de nossa própria liberdade.
Esse beijo de tão doce virou amargo, esse sonho de mil e uma noites, virou escuridão e desencontro.
Volto para o equilíbrio dessas palavras, enquanto na corda bamba eu assovio Carlos Cardel. Não balance, apenas equilibra-me e caminha comigo. Vamos atravessar essas palavras com destemidas emoções e atitudes e acender a luz, afinal estamos quase no final dessa corda e em nossas mãos essas esperanças feitas de sonhos e perdões.

gilbert antonio
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*catarses desequilibradas de um sonhador incorrigível.

sábado, 7 de novembro de 2009

Eu serei capaz de te amar quantas vezes se fizer necessário,
mas terás apenas uma única chance de receber o meu amor:
Quando provares que és capaz de viver de acordo com a verdade
dos sentimentos e não das palavras.
Tua atitude valerá por mil "eu te amos".



gilbert antonio
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Há uma precisão cirúrgica na descrição dos elementos da narrativa que compõem o que escrevo, bem como, a maestria com que certas emoções se auto- descrevem.Os protagonistas e seus prováveis arquétipos rondam impiedosos a realidade “real” e ficcional as quais, essas palavras nos conduzem. Essas palavras, servem, talvez, pretenciosamente como um alerta para os leitores desavisados e contaminados pela visão simplista e taxativa com que alguns de nós, estamos acostumados a interpretar e ousadamente definir tal exercício interior. As palavras que tenho em mãos conduzem para o interior desnudo de si mesmas e expressam a relação estabelecida com o meu universo e comigo – sempre viscerais, instigantes. Reflexos, na verdade, da condição excludente, da violência urbana, da estética travestida de realismo, onde, de fato, não há espaços para piedade ou auto comisseração, mas sim, para a evidência e prova cabal das constatações, fobias e ânsias emocionais. Definitivamente não ficamos à deriva, na verdade, estamos em alto mar, estamos na iminiência de presenciar e constatar nossos medos, nossas loucuras absurdamente controladas e socialmente aceitas ou negadas. Ler-me é encontrar-se com a minha fala interior, escarrada e desprovida de todo e qualquer pudor, é, em síntese um soco no estômago. É, de fato um realismo fantástico que difere do autor mas quando lido, entretanto, é autoral nos espreitando silencioso , pronto para revelar o inusitado, pronto para despertar nossos monstros mais sagrados.

Gilbert Antonio
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Na iminiência de saltar do penhasco,

lanço-me de olhos bem abertos para apreciar tal descoberta,

pois viver ultrapassa todo e qualquer entendimento.

gilbert antonio
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009


O melhor das relações não convencionais é o que as mesmas revelam:
Lindas surpresas debruçadas no calor de almas em chamas.

gilbert antonio
word maker
Amores anônimos que padecem de paixão platônica e amam sem pudor.
Um império dos sentidos vertiginosamente secretos.

Gilbert Antonio
Word Maker

It´s clear that just being fair and good is not enough to move forward in the challenges of our personal background, especially to the desired pace of love growth.


Gilbert Antonio
Word Maker

quarta-feira, 16 de setembro de 2009


De fato as palavras têm essa força arrebatadora de expressar a natureza dos sentimentos mais íntimos e igualmente a prática dos mesmos em nossas vidas. Reconhecê-las e transformá-las em novas possibilidades depende única e exclusivamente de cada um de nós.

Cabe a mim a transformação do sentido em atitude embora eu ainda desconfie que nem sempre consigo me fazer claro o suficiente, entretanto contraditoriamente
feliz porque pessoas semelhantes reconhecem e
entendem tal
manifestação em palavras, atos & silêncios.

Gilbert Antonio
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Que se for amor que seja para sempre e que se for para escolhar que seja arrebatador enquanto dure.


gilbert antonio
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domingo, 13 de setembro de 2009



By the time you departed the sky became a desert one

and my soul no longer dared to breath your sweet absenceness.

Gilbert Antonio
Word Maker



The solitude waved, the wakened pains were murmuring round my room, imprisioned there, still I should rise, and answer them in order to set me free.

Let me sleep for good through such blinding reign and only wake me up when you are back to my life again.


Gilbert Antonio

Word Maker



Hide me from such old memoirs.

Allow me to get into your worlds of solemn light again.

Throb with my soul, and me.

Don´t let me fade away into such desperate request.

Make me believe once more and open your arms wildly.

Gilbert Antonio

word maker


Such hostile solitude which drains the hope of suffering men

makes me drink my own tears and also force me to believe

there´s no longer hope to people like me.

We are the unforgotten dreamers and unforgiven sinners.

Gilbert Antonio

Word Maker

departure



Have you departed and left a desert of souls?
Have you lied about your own dreams?
Have you killed the blessing love?
Have you shut down our own hopes?
Let me know.

Answers are requested.
Make me believe what we have built so far still remain the same or ...leave me imprisioned in this empty and silly world-box which both of us believed once belong to.

Gilbert Antonio

Word Maker

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

revendo posturas




Estou cansado de conto de fadas,
De sonhos que alimento e projeto nos outros.
Tenho acreditado nas minhas próprias mentiras:
"Que chegará a pessoa certa", "que o amor, aguarda-me".
Minha sanidade emocional precisa viver a verdade de tudo aquilo que não pode ser mais idealizado ou sonhado, mas de fato, constatado e/ou vivido.

É chegado o momento de viver o que de fato existe.
Pode, a princípio, parecer muito pouco ou comum demais para viver,
mas no fundo e na verdade é o que há para viver. Precisamos começar de alguma maneira. Então, escolho essa e não mais a fantasiosa ou idealizada.
Seco as lágrimas e faço o primeiro movimento verdadeiro em direção a mim e ao outro, experimentando um frio na barriga de saltar ao desconhecido, entretanto dessa vez, de olhos bem abertos.

Gilbert Antonio
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009




Eu faço tempestade,
alarde,
silêncio,
barulho,
alegorias e poemas,
afinal é para ti que desço ao meu lugar mais íntimo
e revelo de cara lavada e alma limpa o quanto eu gosto de gostar de você
e o quanto de mim há em ti - sem métricas ou amarras,
apenas essa recorrência em amar de novo, mais uma vez.

gilbert antonio
word maker

domingo, 16 de agosto de 2009




Amores & emoções recorrentes :
Extensão avassaladora de consciência e atitude.

Gilbert Antonio
Word Maker

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

nem sempre...




exaltar a voz não é ter razão.beijar não significa perdoar.amar não significa compreender.nem sempre chorar alivia, nem tampouco gargalhar significa estar feliz.há um certo desespero entre o riso e o controle,entre a crença e a atitude.linhas tênues separam grandes homens.grandes idéias também padecem de ações eficazes.ser sincero nem sempre é magoar, afinal o requinte dessa atitude revela apenas o caráter dos fracos.aparentar está longe de ser.ser transcende o ter.ter determina entretanto a cultura do aparecer.a alegria selvagem deve ser visceral, entretanto jamais imposta ou determinante.nem sempre viver de acordo com as expectativas externas te conferem aceitação ou respeito.Viver é transcender até mesmo o próprio princípio.viver é ser tangível sem ser usurpado ou tolhido.viver afinal é se renovar sempre, surpreendendo sempre, até a si mesmo.

gilbert antonio
word maker

terça-feira, 11 de agosto de 2009

No amor é possível mostrar muitos exemplos de entrechoque, constraste, embate moral e estético, que não são colaterais, mas essenciais a existência de sua manifestação e tangibilidade, pois acabamos por perceber ou constatar que há uma predileção pelo gosto do conflito em todos os níveis:
de sonoridade, de palavras, de paixões, de grupos humanos e de culturas.
O que ainda nos mantém no páreo é a nossa prática incorrigível de continuar acreditar,
afinal somos reincidentes neste crime, ou seja, no crime de acreditar.

Gilbert Antonio
Word Maker

domingo, 2 de agosto de 2009

sobre relações & amores



Sempre temos dúvidas à cerca do nosso amor e se seremos depostos
do lugar de destaque daqueles que nos
elegeram e também escolheram para nos amar.
Precisamos na verdade é aceitar que seremos amados
e também seremos substituídos - quanto a isso não há nada a fazer,
entretanto também amaremos outras pessoas e quem sabe também substituiremos as que até então,
ocupavam um lugar seguro
e de destaque em nossas vidas.
Na verdade, devemos ousar ou arriscar,
embora quando ô fizermos que possamos fazê-lo
de olhos abertos para admirar a viagem através
dessa nova e intriguante descoberta.

Gilbert Antonio
Word Maker

.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

memoirs





How still steeled hearts appear,
How strange this mass of ancient memories and desires
In fact, a chamber of past pains and pleasures:
Once, doubtless alive and intriguing.

Such ancient memories and desires remain the same - untouchable & uncontrollable, all of them reclined in yonder deep recess.

I, reluctantly fear to see and to face those memoirs
even in the old accostomed ones I resent and step aside.
Too much to be buried and forgotten.
A plenty of love and passion to be alive and to be felt.
At twilight, when the sun goes down, I am sure some of my heart pieces are scattered into the deeepest silence of mine and such pieces reborn and then fears & sorrows are left behing and Joy rises all over again.

Gilbert Antonio
word maker

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Get closer, sit, silent soul ranger!
Sit by my side and be comrade and confidant to me.
The Twilight is about to get close.
Close my eyes and make the Winter and its course fade away.
No words are required,
Nor unfinished requests are desired.
Just you and me through the shadow chamber
reminding us the sunrise is about to rise above our dreams and naked souls.

Gilbert Antonio
Word Maker

domingo, 26 de julho de 2009

All fades away;
my very moment,
my best dream,
my worst sorrow.
I hear, at times, a warning come of bitter partings at its gate,
Even though I still insist on,
I still believe in.
When does the mourn cease?
What shall I do?
Patience.
I have been yelding to despair, beneath the strain of care.
No matter how hard I try,
All those pains will still remain,
because at this very moment
they haven´t fullfilled their legacy yet.
So, I remain quiet , not calm, though.
There not that far, where all fades away,
I am waiting for the time to come and rejoy love again.

gilbert antonio
word maker
I have missed those who taught my way heart,
who gave me the opportunity to recognize them as icquals.
I have missed the morning breath into the kisses...
the longing process which we were taken & felt...
the chance to make our inner worlds better places to live in...
the silence which was made of a thousand words...
the poems which were made and written in our lips whispiring
our emotional storm...

gilbert antonio
word maker

quarta-feira, 22 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Perdoa-te se te ouço confuso e se te entendo jocoso.
Quero a liberdade do tamanho que eu conquistei.
Gilbert Antonio -
Word Maker

segunda-feira, 13 de julho de 2009

about love...



In the discussion of love and gender in human nature,
one term emerges as a particulary concept, and that term is essential.
This apparently quite straightforward proposition
has been strongly contested by the ones who have never been loved
and continued not to be loved and haunted by the
shadow of dreadfully determinism.
Such evidence shows us that the love and the gender
remain unique and uncontrollable
despite of the
gender relationships.

Gilbert Antonio
Word Maker
Minha indolência tem cara de indiferença
mas na verdade é constatação travestida
de intolerância.

Gilbert Antonio -
Word Maker

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Embora teimemos em viver a prática de nossa liberdade
desenfreadamente efêmera , mesmo assim,
ainda padecemos silenciosamente
coniventes e refugiados em nossas
culpas & pretensos pecados.

Na verdade, prenscindimos da espontaneidade selvagem
de viver sem fronteiras,
o que ouso conclamar e chamar de liberdade virginal.

O
restante
é
especulação
e
somente
serve
para
alimentar
frustradas
retóricas.

gilbert antonio
word maker

Nada do que eu tenha dito anteriormente faz sentido,
afinal os significados são contaminados de signos
e nem sempre explicam
nossas vontades mais sinceras e nem
tampouco nossas dúvidas mais preementes.

gilbert antonio
word maker

terça-feira, 23 de junho de 2009

sou...



sou do tamanho que me vês...
se consegues me ler entrelinhas
é porque o sentido & significado foram alcançados
e é teu o meu sonho mais íntimo.

gilbert antonio
word maker

domingo, 14 de junho de 2009

ainda que...



Ainda que indelével, persistes,

Ainda que etéreo, alcanças,
Ainda que efêmero, persegues,
Ainda que amor, encantas.

gilbert antonio
word maker

sábado, 13 de junho de 2009

low profile



Escolho viver as emoções mais viscerais,
Escolho amar as pessoas mais intensas,
Escolho existir
baseado em tudo o que acredito
sinto e
defendo,
Entretanto se isso não te agrada,
nada pode ser feito a respeito,
apenas lamentado.

Viver é para poucos
Amar é para loucos
pois ambos prescindem à razão e
são pura e simplesmente
emoção.

gilbert antonio
word maker

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sobre amores & homens



Amar a existência e plenitude de um ser
requer e demanda grande sabedoria.
Primeiro tomamos consciência de sua forma e expressão.
Aos poucos delineamos os mais ternos e íntimos contrastes.
Parecemos saber que estamos na iminiência de transcender às relações humanas. Experimentamos a evolução silenciosa que sucumbe a tal encanto...

Às vezes somos acometidos pelo medo e rigor da forma.
Incorremos no risco de acreditar que a mediocridade vigente ainda impera impassível diante de tamanho sentimento
entretanto, destemidos, ousamos viver tal encontro.

O encontro com o outro.
Nada e ninguém parece suficientemente bom e indômito para
que retrocedamos ou recuemos.
Apenas e simplesmente avançamos.

O que experimentamos a partir disso é indizível , tampouco tangível.
Somos, em resumo silenciados pelo encanto terno e onírico
dessa singular experiência.
Nada do que possa ser dito depois de tudo isso expressará
a beleza, o significado e a profundidade de tal experiência.
Definitivamente isso é amor.

gilbert antonio
word maker

domingo, 24 de maio de 2009

sem concessões...

Que eu possa amar sem pedir licença,
Que eu possa perdoar sem arrependimentos,
Que eu possa abraçar sem temer interpretações errôneas,
Que eu possa beijar sem recear se os teus olhos também se fecham
quando os meus se entregam,
Que eu possa enfim, despertar em ti o sentido e forma do meu amor
e sendo ele reconhecido, viver então, para adormecer seguro
entre teus braços.

gilbert antonio
word maker

sábado, 23 de maio de 2009

eloquência silenciosa...



Entre emoções & palavras,
sou eloquência silenciosa,
beijo indômito e homem de vendavais.

Entre multidões & sensações apenas confundo-me com estranhos estrangeiros
e calo estupefato diante do horror & beleza de viver tudo em um segundo.

Entre fatos & acasos,
transmuto nomes e devasso obviedades,
afinal sou para poucos.

O que para muitos soa como pretensão,
para mim apenas e simplesmente é, atitude.

Entre pseudo-sonhadores,
sou a prova que corrobora os fatos -
Sou sonhador incorrigível, entretanto nem sempre tangível.

Nossa finitude apenas abre antecedentes para a ousadia,
então , eu prefiro ainda o delírio de nossas as emoçõe cruas e viscerais,
a escancar e imprimir em meu peito todas as letras e poesias
- impressão de fieis escudeiros e mensageiros
dessa louca felicidade.

gilbert antonio
word maker

quinta-feira, 21 de maio de 2009

tudo em um segundo



Eu vou colocar um sorriso nos lábios,
te chamar para passear,
vou pedir nosso sorvete favorito,
vou exigir que me abrace assim, apertado e demoramente,
vou cheirar tua alma e descansar tranquilo em teus braços.
Vou te beijar sem hora marcada,
vou ficar ali, quieto e feliz impresso em tua pele .
Vou sugar tua essência, misturá-la a minha,
vamos correr descalços,
rolar na grama,
tomar banho de mar,
Está frio?! Não importa.
Quero viver tudo em um segundo.
Quero usar e abusar de tua presença, afinal te ausentaste tanto e provocaste dor igual.
Deixa que eu te ame, baixinho, escancaradamente e loucamente.
Abre tua guarda e vem para o abraço,
Decreto que estamos livres para amar e para que isso aconteça só preciso de você em mim.

Gilbert Antonio
word maker

domingo, 10 de maio de 2009

Dentro de um profundo olhar sobre o amor
e sua efêmera permanência em corações e almas,
resigno-me e faço referência aos sonhadores incorrigíveis,
que como eu, desejam e clamam a longevidade dele
em nossas histórias pessoais.

Tenho muitas vezes a sensação que fracasso, entretanto
outras vezes um sorriso ou olhar amoroso,
faz com que eu levante do silêncio usurpador
e volte a caminhar entre estes sonhos de amor e despreendimentos.
Assim, somente assim, reconheço que é possível permanecer fiél
aos princípios que definem a natureza sensível
de todas as minhas emoções.

gilbert antonio
word maker

Não estranhes se ausento-me sobremaneira,
Nem tampouco se minhas palavras sucumbem à uma silenciosa eloquência.
Saibas, se silencio é porque volto para mim e descanso rarefeito
em meu lugar mais íntimo.
Por ora, basta apenas que saibas que se te escrevo
e sorrateiramente desenho letras emocionadas para ti
é porque na verdade nunca me afastei,
apenas descansava seguro entre teus braços e
fazia morada em tua alma.

gilbert antonio
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sábado, 2 de maio de 2009

Incorro no crime de acreditar
em tuas palavras

fazendo-as minha bebida predileta.
Sorvo , degustando lenta e
prazerosamente ;

fazendo deste momento,
a eternidade em segundos.


gilbert antonio
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tuas palavras indômitas rompem limites,
escancaram janelas e se deitam silenciosas
ao longo de todo meu corpo.
Um vez, ali,
apenas sucumbo ao raro prazer
de lê-las no Braille dos teus dedos.

gilbert antonio
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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Crenças & Preferências


Prefiro a prática ao discurso descabido e verborrágico,
Prefiro o silêncio dos inocentes a eloquência dos culpados,

Prefiro o descanso em teus braços ao sexo mecanizado,

Prefiro o inexorável ao previsível,
Prefiro tua verdade a omissão,

Entre tantas outras coisas,
prefiro tua presença em meus dias

a tua ausência de mil e uma noites.

Escolho e teimosamente vivo ,
indiferente ao tempo e as verdades alheias.

gilbert antonio

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quarta-feira, 29 de abril de 2009



Minhas relações não são cerebrais,
nem tampouco convenientes e coniventes.
Minhas relações são na verdade, viscerais e atemporais.
Como e quando me relaciono com o coletivo determina e igualmente qualifica a espécie de relação que estabeleço com o outro.

O TER e o APARECER pouco me importam, pois prescindem de algo imprescendível:
A verdade e origem as quais minhas relações são permeadas e filtradas.

Nada tenho contra a grande comunicação de massa, entretanto sua fugaz existência apenas reforça o que acredito e sinto em relações aos acordos feitos em detrimento a uma existência mais feliz:
Sabê-los e senti-los em mim definitivamente não têm preço!

Há para o restante entretanto, o existencialismo barato que prescinde de encanto, amor e beleza!

Gilbert Antonio
Word Maker

terça-feira, 21 de abril de 2009



Sempre te olhei com admiração e profundo amor.
Quando o fazia, lia em suas linhas da face e expressões uma profunda gratidão e leveza.
Ao despertar, numa manhã qualquer, subitamente olhei para ti e algo completamente diferente estava estampado em tua face e expressão:
Havia nela um registro inexorável e inquestionável que o teu amor por mim
era de fato verdadeiro e a profunda gratidão e leveza se transformaram então,
em profunda admiração e reconhecimento.
Sabia, enfim, que estávamos preparados para viver todo esse amor
e sua cura após tanta busca e separação.

gilbert antonio
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saudades de ti
e de tuas palavras
a sondar
minha alma itinerante!

gilbert antonio
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segunda-feira, 20 de abril de 2009


O prazer, o conceito e a atitude estão reduzidos a absoluta falta de estilo.
Não há referencial, nem tampouco berço,
afinal sucumbimos aos prazeres artificiais e aos modernismos
efêmeros que pairam ameaçadores sobre nossas cabeças.

Embora isso não seja privilégio geográfico,
entretanto pandêmico,
pois está em todo e qualquer lugar - Contagioso e fatal,
nos perseguem e também nos encurralam.


Nos resta a solidão preterida e encômoda
a denunciar as diferenças, os ranços que ainda teimam a nos sondar e rondar nossas noites mal dormidas.


Tenho vivido a margem dessa demência e comoção local.
Como um alienígena me comporto e por várias vezes me
reencosto desanimado e pesaroso
a pensar no futuro disso tudo.

Vejo o caos e antevejo pouca
ou quase nenhuma esperança.

Deito e adormeço constatando que
aqui eu só
estou de passagem.


Gilbert Antonio
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fascínio



O belo reside
igualmente na dor - Consumá-lo é apenas parte do
fascínio desta descoberta.

Gilbert Antonio
Word Maker

domingo, 19 de abril de 2009


Renasço em ti
sempre que despertas em mim
esta vida que é tua
e esse amor
que se propaga até os poros.

gilbert antonio
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que seja então de amor e presença...


Te devolvo somente o coração ----repositor de solidões
e exijo que preenchas com tua presença
e que os nossos encontros casuais não sejam jamais acometidos
pelo encanto do efêmero e que se for para padecer,
que seja então de amor e presença.


gilbert antonio
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Me descreves e me encantas.
O horror e beleza de revelar a dimensão
do que somos e percebemos
gemina a transmutação
da forma e do belo;requisito imprescendível
para reconhecer no outro o que
sentimos e e igualmente expressar
no outro sua insuspeita revelação.

Gilbert Antonio
word maker

sábado, 18 de abril de 2009


De todo meu amor serei tua bússola,
De todo meu afeto, serei teu descanso merecido,
De todo meu silêncio, serei tuas palavras
De todo meu sonhar, serei tua possibilidade e se tudo isso não bastar,
serei a espera controlada para renascer novamente em teus dias.


gilbert antonio
word maker


silenciosamente,
descanso em teus braços após atravessar a noite
em vigília pelo teu sono.

gilbert antonio
word maker

quinta-feira, 12 de março de 2009

minhas escolhas



Escolho outros planos, me lambuzo de sorvete, quero confetes de chocolate branco... Tomo um chá de camomila, beijo de haus black... Pode ser toblerone... Toca Viva La Fetê... Dança comigo, me enrosca... me deixa tonto... venha ser minha fantasia mais louca, minha bebida mais forte... Quero te abraçar prá sempre... comer em teus lábios esta fruta madura devorada a cada dentada. Vem me amar como um chute no estômago... Quero você em dose dupla - sem bafômetro... sem boa noite cinderela... Eu quero fumar em teu hálito, chupar a tua orelha e invadir teus sonhos mais íntimos. Quero um poema de rima simples,que fale de mil palavras, quero teu cheiro em meu suor e tua saliva em meu sexo, desconexo, sem nexo, amplexo... Quero assim, sem ritmo, previsível... forte, arrebatador e simples como o xeque-mate. Quero teu sorriso de vidro, teu olhar maliciosamente delicioso olhando meu corpo e parando no meu sexo... Quero mil verdades em um segundo... sem roteiro, sem hora marcada - Encontro Casual.
Gilbert Antonio Word Maker

quarta-feira, 11 de março de 2009

diversidade & pluralidade...



Eu não dimensiono a diversidade e pluralidade
encontradas em atos & pessoas;
Suponho que podemos limitá-las ou até mesmo
restringi-las a um amontoado
de conceitos rancorosos ou pretenciosos.

Prefiro acreditar que a diversidade e pluralidade existem de praxe
para mimetizar as próprias definições e evitar prováveis comparações
ou até mesmo para excluír a coisificação tangível da singularidade
destes termos ou processos de observância exclusivas.

Gilbert Antonio
Word Maker

quinta-feira, 5 de março de 2009

o encontro com o outro



Nascemos para o encontro com o outro,
Seja pela semelhança em atos & fatos,
Ou até mesmo pelas diferenças.

Nascemos para encontrá-lo e também perdê-lo, pois o outro
não vive de acordo com as novas expectativas
mas baseado em particularidades e diversidades.

O encontro se torna tangível quando passamos a contemplar,
respeitar e amar o outro em sua totalidade e
individualidade até mesmo em sua inutilidade.

O começo desta descoberta e revelação consiste em que não haverá
garantias e nem tampouco medidas pré-estabelecidas
para o amor e seu encontro.

O grande enigma e também revelação se complementa pelo
imprevisível encontro do outro em nós e dele em si mesmo.

Há,enfim o risco de perdermos o que haviamos encontrado, entretanto há a construção da possibilidade deste encontro em esperança e amor incondicionais.

Feliz daquele que, ao se confrontar e se deparar com tal encontro ,
encontre no outro sua existência mais feliz e mais completa.

Neste momento,
saberemos que a beleza e horror contrapostos
completarão naturezas distintas e
encontro finalmente será inexorável.

gilbert antonio
word maker

sábado, 28 de fevereiro de 2009

quando o amor sucumbiu...


Quando o amor findou
calei portas e janelas e
sucumbi
num silêncio de mil e uma noites...



gilbert antonio
word maker

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

apreendendo a viver....


Apreendemos a viver de acordo com aquilo
que estabelecemos como verdade e princípio.
Muitas vezes, ao longo desta aprendizagem
fazemos alguns ajustes,
transformamos,
adaptamos
e eliminamos o que já cumpriu
sua finalidade e razão.
Tantas outras vezes,
apenas absorvemos o que já está pronto,
determinado e
ou escolhido.

Todas as nossas ações,
determinam os próximos resultados,
as novas razões que permeiam nossos corações,
que alimentam nossas almas
e que passam a delinear
nosso caráter e atitude.

Sinto-me um homem privilegiado
por viver todas estas transições
e usá-las como referências para o crescimento
individual e
prática coletiva.

gilbert antonio
word maker

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

teu sorriso de mil significados...

Depois do carnaval, ficou a alegria estampada neste delírio de mil sorrisos,
Depois do carnaval ficou a vontade de dançar novamente em teu compasso e encostar-me em teus braços para certificar que a alegria está logo ali,
cobiçada em teu sorriso de mil significados.

gilbert antonio
word maker

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

embora eu seja...

Embora eu seja dissonante às vezes,
Algo autoral, visceral e imprevisível ainda persiste
em determinar meu caráter,
desenhar minhas emoções e
esculpir meus contornos mais íntimos...

Alguns, diriam que seria apenas
mais uma maneira de escolher ser e viver,
outros, entretanto, perderiam-se,
desesperados, tentando rotular ou definir tudo isso.

Quanto a mim,
apenas compartilho de um prazer
íntimo e pessoal;

Sei o que desenha meu caráter
é também o que confunde a grande maioria das especulações
a meu respeito,
mas definitivamente
não posso ser acusado
de omisso ou indiferente à vida,
pois determinantemente sou um
Reincidente no Crime de Acreditar.

Gilbert Antonio
Word Maker

domingo, 15 de fevereiro de 2009

transformações íntimas...


Troco de pele, de endereço,
Interpreto papéis verdadeiros,

Choro tuas lágrimas,
Sou anjo devasso, vagabundo,
Sou medo impresso no espelho,
Olho para dentro querendo estar lá fora.

Sou pura contradição.
Escolho os venenos mais doces,
os desejos mais indescentes,
Enclausuro ações,

expurgo sensações,
Sou reincidente no crime de acreditar,
invado sonhos,

camuflo lágrimas com sorrisos estampados no final do dia,
Recordo desejos, ardendo de prazeres desconhecidos,
Mudo o meu número,
faço uma nova rotina,

cumprimento um desconhecido,

beijo tuas lágrimas ao amanhecer...
Já não sei se fico, se modifico,
se desfaço,
Choro,
esperneio,

entro à força e
faço morada em teus braços,

volto a nascer no próximo inverno.

gilbert antonio.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

insuportavelmente solitárias...

O que me inquieta em ti
é essa ausência desmedida
com cara de presença,
embora seja sempre despedida
nestas segundas-feiras
insuportavelmente
solitárias demais.

Gilbert Antonio
Word Maker

O que me inquieta é...


O que me inquieta e fascina em ti
é essa loucura premeditada, lúcida e intransigente..
Essa magia de encantador de serpentes que, insoletemente
te despojas e avassalas...

O que me inquieta em ti igualmente
é como me afogas em teu meu mar e como
me incitas para andar sob o fogo cruzado...

O que me inquieta é o teu ritual de pequenas e traçoeiras obviedades;
aparentemente simples, mas terríveis porque são reveladoras e
denunciam este denso mundo de sofrimento
e descoberta, de amor e de piedade,
de semelhanças destemidas
acusando-nos de indiferentes e covardes.

Oque me inquieta em ti é esses modos estudados
me amando e me conhecendo logo ao amanhecer,
expondo meus segredos mais íntimos e
minhas vontades mais sacanas.

O que me inquieta em ti é o sabor de tua saliva
e a carne de teus lábios que devoro como fruto maduro.

O que me inquieta é exatamente esta imprecisão de atos e desejos,
cores e sabores...

O que me intriga em ti é este cheiro de gente de verdade,
misturado ao renascimento de coisas absolutamente novas
porém incontroláveis, por isso,
terríveis
e infinitivamente sinceras.

O que me inquieta em ti é o que me torno quando sou tocado por ti,
o que igualmente despertas,
o que provocas e também revelas.

És mártir e vilão e eu,
mensageiro de outras terras
sucumbo ao teu feitiço de encantador de serpentes.

gilbert antonio
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a reflexion of beauty...


My male nude has just described
the unspoken feelings...
Into the mirror, myself reflected, exposed
showed me the way home...

Inside of those eternal gaps
among the horror & beauty:
You and Me !
A reflexion of the beauty
of such unique
encounter.

gilbert antonio
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vezenquando....




...vezenquando aquelas saudades chegavam silenciosas; primeiro se instalando silenciosas entre as janelas e depois absolutas e indescritíveis acomodavam-se entre meus braços abraçando-me para sempre.

gilbert antonio
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

eu quero...




Eu quero delírio,
a massa incontida de razões infindáveis para nunca ser o mesmo,
Nunca ser previsível,
tangível,
Dizível

Quero a imprecisão de atos,
A inconstância de sensações,

Quero mais,
quero o desejo incerto, escarrado,
atônito,

Quero o absoluto & impossível - preencher a vida de ilimitadas emoções,
Só assim, posso lhe dizer que , vivo , que expresso o inevitável.
Corro o risco de me parecer louco. O que me importa?
Preciso admitir que escrevo sobre sermos responsavelmente loucos e igualmente inocentes.
Essa ambivalência me encanta,
é exatamente, ela que nos reconhece em incoerência & sensibilidade neste encontro de iguais.

gilbert antonio

*Registro de títulos e documentos e pessoas jurídicas - documento protocolado registrado e arquivado sob microfilme número 35080

sou feito de escolhas...

Sou feito de escolhas;
embora nem sempre julgue procendentes,
coerentes,
certas ou erradas
considero o que elas realmente são: escolhas.
Tenho consciência também que estas mesmas escolhas se estendem as pessoas,
fatos e sentimentos e por elas sou igualmente definido, julgado ou avaliado.
Não temo tudo isso, até porquê quando escolhemos estes itens já estão inseridos
no contexto da escolha e portanto, na decisão.
Não cabe a mim,
nem tampouco as pessoas
pesar tal intensidade,
apenas vivê-la.

Gilbert Antonio
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sábado, 31 de janeiro de 2009

domingo, 18 de janeiro de 2009

nestes domingos

...nestes domingos preguiçosos onde debruçamos nossas vontades mais manhosas
sobre o sofá e bem depois, aninhados descansamos as defesas e
convidamos as vontades mais lascivas para que se deitem conosco
num encontro de doce indolência e descaso.
gilbert antonio
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amar transcende obviedades...



Amar o outro transcende a mera formalidade de compromentimento;

Na verdade , está acima das leis tradicionalmente convencionadas;
transcende inclusive, a dimensão e definição costumeiras
que insistem em conceituar e assassinar as relações humanas
e por extensão o próprio amor.

Quanto a mim sugiro que te despojes de tais amarras,
pois amarei sem escrúpulos e incondicionalmente.


Ousarei ainda mais:
amar e dar vexame - em nome de tudo aquilo,
que a grande unanimidade
ousou calar ou por opção ou por medo,
confirmando assim seu passaporte para a infelicidade.

Prefiro o horror e beleza de viver
corajosamente o que sou e quem amo
em natureza e verdade.

Gilbert Antonio
Word Maker

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

costumo ler ao entardecer...



Costumo ler pessoas em suas entrelinhas,
em suas nuances,

quando convidado,
costumo entender e desvelar os detalhes mais íntimos...

Costumo aconchegar-me entre os traços & abraços...

Algumas vezes até me debruço preguiçoso
no cheiro que vem

do abraço,
do tato,
do fato ,
do ato e
da essência que vem da alma - pura e indelével,
entretanto com a força e arrebatamento
de uma tempestade.


Costumo ler também amores e
quando decifro seus enigmas
sou então todo o seu amor e
escolho pintar-me em ti à cor oculta,
primeiro embaixo de tua pele,
depois em tua saliva e por fim,
fundir-me e fluir-me em ti.


Gilbert Antonio
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

quando o amor veio para ficar



Desconhecemos como o universo conspira a nosso favor… Às vezes somos sobressaltados e encantados pela vida que acontece logo ali, bem na frente dos nossos olhos, nos arrebatando logo ao amanhecer... Para logo mais nos encantar para sempre...


Era dezembro... Era um desses meses onde estabelecemos vínculos afetivos sem ao menos entendermos como e porquê... Somos movidos por esta sensibilidade inquietante que permeia primeiro, nossos olhos, depois nossas vontades mais secretas e sagradas.


A minha devoção pela vida era silenciosamente desenhada em canvas branca para conceber o que eu, homem de sonhos e príncipe das marés ousava sonhar e encaminhar-me.


Eu estava em trânsito...

Eu estava igualmente pronto para encontrar o delírio de Madonna e sua turnê pelo Brasil.


Tudo parecia perfeito, e na verdade, estava... Só compreendi isso, bem depois, o que me aguardava o que me espreitava silencioso, se instalando lentamente entre meus braços e depois definitivamente em meu coração para apos sem mais delongas em minha alma permanecer para sempre.


Comigo... Também ela – Moira, mulher de temporais, de vendavais e de grandes passeios pela vida e pelo afeto... Moira, mulher de um homem só... Impassível e belamente singular, descansava ao meu lado com uma tranqüilidade perturbadora porem encantadoras... Ambos nos encaminhamos para viver (sem saber) o amor em toda sua plenitude e intensidade.


A nossa frente, São Paulo, entre acido & mel descortinava... Recebia-nos impávido, colossal, um Titã em seu reinado absoluto... Abria os portais para que adentrássemos... para que pudéssemos sem medo, viver uma das experiências mais singulares de todos os tempos.


O encontro de almas estava prestes acontecer... Prenunciava no ar, na bagagem, no desejo de encontrar o inusitado... de encontrar em mim, eles, nos. Um encontro de iguais.
Eles eram laços de sangue de Moira... Eles seriam nossos anfitriões... Seriam mensageiros de luz... Seria também o portal onde seres iluminados se comprazem, se fundem e estabelecem a luz para o mundo.


Chegamos depois de experimentar o transito caótico... Depois de conviver com expectativas e acasos...
Depois dos cumprimentos, dos modos estudados, bem depois, o encontro se deu...


Ele, Ângelo Miguel a principio parecia apreensivo... Parecia um homem no corpo de uma criança... Ele parecia amável e era. Abraçou-me com modos estudados... Com um respeito comedido de Grandes Eras... Era um encontro de guerreiros sagrados.


Ângelo Miguel encontrava Fernando Lispector... Eu sem saber, sabia que eles, nós, estávamos prestes a transcender as explicações milenares dos encontros acordados no universo celestial e espiritual.


Ângelo Miguel cumprimentou-me com um aperto de mão e um abraço... Ajudou-me com a bagagem e talvez, eu, Fernando Lispector, pressentia certa tensão no ar – cúmplices e semelhantes sabem-se envolvidos por algo maior e melhor - Distantes de qualquer compreensão razoável ou possível.


Sabíamos que algo ali se desenvolvia – como uma teia, silenciosamente tecida por um elemento divino.


Este era o inicio do irremediável e inevitável... Este era e é o grande encontro marcado. Assustadoramente o imprescindível ainda a prenunciava – Joana D’arc. de atitudes e uma irreverência aristocrática.


Lembro-me como Dália chegou... Lânguida e preguiçosa... Parecia fluida, parecia ocupar todos os lugares e ao mesmo tempo nenhum deles. Era iluminadamente bela... Parecia rainha de um reinado longo e absoluto.


Dália cumprimentou-me depreendida... Leve... Abraço longa e vagarosamente como se depositasse toda sua leveza em torno dos meus braços..Eu abraçava nela a vida que estava prestes a se instalar em nossos cantos mais íntimos e imprimir em minha historia pessoal a verdade de todos os encontros neste, que reunia em si todos os outros.


Ela abria uma nova porta em mim, talvez não, uma nova porta, mas descerrara uma a tanto lacrada e quem sabe ocultada para não revelar o conteúdo nela guardada.


Embora eu, Fernando Lispector não fosse uma pessoa facilmente impressionável; sentia-me atraído pelo desconhecido, tocado de todas e de nenhuma forma especifica; sabia que viveríamos este reencontro selado pelos deuses.


Dália e Ângelo Miguel pareciam siameses embora distintos entre si, guardavam uma semelhança assustadoramente linda. Não era apenas o mesmo sangue que percorria nas veias deles, mas um amor transcendental, o qual seria capaz de curar a dor do mundo.


Sim, eles – Dália e Ângelo Miguel entraram na minha vida para sempre, pela porta da frente. Eles nem mesmo desconfiavam ou sabiam. Nem tampouco eu.


Sabiam-se entregues ao encontro de eleitos, de escolhidos. Sabiam-se envoltos nestas esferas superiores onde somente os nomeados podem adentrar e permanecer para desfrutar desta escolha de desprendimentos e ações despojadas. Sabiam-se cúmplices corroborando a mesma verdade.


Esta conexão de homens & mulheres que se amariam para sempre. Seriam almas gêmeas, seria híbridos afetivos, confraria de um amor maior e incondicional.

Estas quatro pessoas estavam destinadas a viver tamanha grandiosidade. Percorriam seguras entre os braços e historias, entre segredos & semelhanças.


O riso solto, o encontro compartilhado, os olhares, as descobertas encontradas e reveladas desenhando intimamente uma historia que transcende as obviedades costumeiras.
Creio que comecei amá-los antes da garoa, antes mesmo que eu viajasse para São Paulo, antes mesmo, ate de encontrá-los em suas respectivas e libérrimas existências.


Havíamos optado pela alegria selvagem e infinito lume da vida. Ângelo Miguel, Fernando Lispector, Dália e Moira haviam ha. muito tempo desejado este encontro embora desconhecessem quando e como aconteceria.


Vivíamos juntos uma historia possível e única. Despertávamos querendo encontrar uns aos outros, queríamos saber que não havia sonho algum e tudo aquilo realmente estava acontecendo na frente dos nossos olhos e em nossos corações.


Recitei mantras e ajoelhei-me agradecido e comovido pela a oportunidade de viver a grandiosidade deste encontro, dessa manifestação pura e verdadeira deste amor, deste sentimento que se despoja de adjetivos ou pseudo-definições.


Compartilhei minhas historias, deitei minha cabeça nos ombros e no colo e adormeci com sentimentos justos e revelei meu amor maior e meus segredos mais sinceros.


Eles, em suas particularidades e singularidades transitariam absolutos e distintos no universo de cada um de nos.


Algo em nos havia sido tocado e despertado. Sabíamos que onde quer que estejam nos amaríamos e seriamos gratos para sempre.


Nossos caminhos iriam sempre se cruzar, em pensamento, em presença e sintonia. Cruzar-se-iam porque eram merecedores. Ausentavam-se destas insuspeitas obviedades. A verdade prevaleceria, tanto nos corações como em suas almas.


Faríamos outros caminhos, outras viagens e tantas outras experiências tomariam parte em nossas historias pessoais, pois sabíamos que éramos seres privilegiados, sabíamos que beberíamos juntos e celebraríamos o pão da vida. Nossa fome de viver seria também a fome deste encontro.


Estaríamos impressos feitos tatuagem em nossas almas – Águas rolariam e também pedras... O tempo seria o nosso senhor, entretanto seriamos donos de nossas próprias estações. Todos os mântras e preces seriam recitados e quando absortos em deleite e entrega, voltaríamos a nos encontrar, encontrando uns nos outros esse amor de vida e gloria, de gigantes que amam mais e melhor e por fim, faríamos um marco no tempo refletindo sinais de eleitos e escolhidos para vivê-la a alegria em nossas e historias pessoais.



*Era dezembro... Lá fora chovia e embora verão, fazia frio, mas somente lá fora, pois em mim o calor confortava e sarava todas as dores anteriores.



gilbert antonio

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